Quinze jogadores da seleção do Brasil foram afetados por uma virose dois dias antes do jogo com o Paraguai, dos quartos de final da Copa América. A revelação foi feita por Dunga, após a eliminação do «escrete» nas grandes penalidades.

«Não é desculpa nem atenuante, mas quinze jogadores tiveram uma virose e tivemos que limitar os treinos. Era um jogo para termos velocidade e não conseguimos», disse o selecionador brasileiro.

O lateral esquerrdo Filipe Luís não foi afetado, e até disse desconhecer a situação de outros colegas, mas o guarda-redes Jefferson adiantou mais alguns dados: «Toda a gente acordou com dor de cabeça, uns com febre, outros com moleza no corpo. Foi estranho, porque foi tudo de um dia para o outro. Isso acabou afetando vários jogadores. Foi de quarta para quinta. Claro que a gente não pode justificar com isso.»

O médico Rodrigo Lasmar também confirmou o problema, embora garantindo que todos estavam em condições de jogar, mas também ressalvando que era impossível calcular o impacto da virose nos jogadores.

Eliminado nos quartos de final, o Brasil desiludiu, mas Dunga considera que foi «uma ótima lição» para a fase de apuramento para o Mundial2018, que «continua a ser o principal objetivo».

Relativamente a uma alegada crise no futebol brasileiro, o selecionador defendeu uma reflexão generalizada: «Quando se fala em repensar o futebol, não é só o campo. Não podemos deixar de notar que outras seleções melhoraram bastante, até pelo intercâmbio, uma série de circunstâncias. Vamos ter que arregaçar as mangas, trabalhar muito, até para ter o conceito no Brasil de que jogador que joga bem dois jogos é craque. Não é porque não joga bem dois jogos que não presta e nem quando vai bem é o melhor do mundo. A gente tem que ser mais objetivo nas análises e saber que vamos ter muito trabalho pela frente.»