O defesa uruguaio Diego Godín afirmou que a Confederação Sul-americana de Futebol deve sancionar o chileno Gonzalo Jara devido à sua atitude polémica, que culminou na expulsão do uruguaio Edinson Cavani, no jogo entre o Chile e o Uruguai para a Copa América. O Chile venceu por 1-0.

A situação chega a ser insólita: Cavani, que já tinha amarelo, foi provocado da forma mais inesperada por Jara, que lhe colocou o dedo, literalmente, no traseiro. Cavani reagiu com uma bofetada e acabou por ser expulso devido à acumulação de amarelos, ao minuto 81. Já o jogador chileno não recebeu qualquer tipo de punição.

Agora, Godín vem defender o companheiro de equipa. «Creio que na expulsão de Cavani existem imagens mais explicativas do que 100 palavras minhas», começou. «O Jara meteu o dedo no Cavani e ele reagiu tocando-lhe na cara. Há imagens que mostram a situação.»

Godín acrescentou que espera que a «CONMEBOL atue rapidamente», punindo Jara. «Custa-me porque é complicado. Há coisas muito estranhas e hoje viram-se decisões parciais», destacou.

O jogador do Atlético de Madrid criticou ainda a arbitragem. «O árbitro decide o jogo. Penso que ele nem agride o Jara, apenas o empurra. Depois com nove foi muito difícil. Foi um jogo muito duro e é complicado aceitar esta derrota.»

«Estávamos a jogar bem até a expulsão do Edi. Via-se que o árbitro estava muito nervoso e não queria os penaltis», acusou. «É complicado manter a calma e sentes-te impotente. É uma amargura muito grande saber que tal não teria acontecido se algumas decisões não fossem tomadas.»

Quando questionado sobre se o torneio estaria arranjado para beneficiar a equipa da casa, Godín foi pragmático: «Se achasse isso não tinha jogado.» Contudo, acrescenta: «O Chile organizou esta Copa e este é o resultado do que organizaram.»