Criou polémica em alguns círculos a eleição de Pizzi como melhor da Liga para o Maisfutebol. O que é surpreendente: esta eleição já existiu em outros anos e seguiu o mesmo critério. A única alteração é que este ano decidimos fazer a média com os ratings do SofaScore: o objetivo é, obviamente, dar uma vertente mais estatística e factual ao prémio.

Mas por partes.

Antes de mais convém dizer que esta não é uma eleição arbitrária: parte de dados muito concretos. Não houve, portanto, nenhuma votação na redação do Maisfutebol para eleger o melhor jogador.

O que fazemos é pegar nas notas (que vão de 0 a 5) que os jornalistas do Maisfutebol presentes no estádio dão a todos os jogadores utilizados em todos os jogos.

Essas notas são basicamente a avaliação da exibição individual de cada jogador ao longo das 34 jornadas e, todas somadas, constituem o nosso ranking, que no fim é multiplicado por dois.

Porquê? Porque os ratings do SofaScore são de 0 a 10, e por uma questão de equilíbrio, para não haver um ranking que se sobreponha a outro, é importante ambos terem a mesma escala.

Depois de multiplicadas por dois as notas dadas em todos os jogos a todos os jogadores, chegamos a um valor que é somado aos ratings do SofaScore.

O resultado da soma do ranking do Maisfutebol com os ratings do SofaScore (que são uma avaliação automática, feita por um algoritmo, a partir de estatísticas como tempo de jogo, golos, assistências, remates, duelos ganhos, enfim) dá então a classificação final da eleição.

De resto, e para não haver dúvidas, publicamos no fim deste artigo o ranking dos vinte primeiros classificados do Maisfutebol e dos vinte primeiros classificados do SofaScore, os quais estão disponíveis e podem ambos ser consultados nos respetivos sites.

Como se pode ver, e ao contrário do que foi dito no Porto Canal, nem Sérgio Oliveira era o quarto classificado, nem Marcano estava nos vinte primeiros do ranking de pontuação total do SofaScore.

Pelo contrário, o ranking do SofaScore (que, repete-se, é gerado por um algoritmo) nem sequer coloca nenhum jogador do FC Porto nos três primeiros, ao contrário do que faz o Maisfutebol.

Não houve, portanto, nenhuma conspiração de vinte jornalistas - que vivem em locais tão díspares como Lisboa, Porto, Guimarães, Funchal, Faro ou Ponta Delgada - para ao longo de toda a época (ou seja, 306 jogos) fazer de Pizzi o melhor jogador da Liga.

Falta garantir, de resto, que as teorias da conspiração e o ódio destilado nas últimas horas não fazem sentido, mas também não nos intoxicam. Sabemos que somos combustível para certas pessoas, mas não entramos nessa guerra: não queremos e não vamos entrar.

Basta consultar o nosso jornal para perceber que o Maisfutebol sempre teve a máxima consideração pelo FC Porto: seja nas notícias, nas opiniões ou nos trabalhos especiais.

Temos a exata noção da grandeza da instituição FC Porto, que tão bem representa o Porto, o Norte e Portugal, e podemos assegurar por isso que vamos continuar a acompanhar o clube como sempre fizemos: falando bem e mal, noticiando coisas positivas e outras negativas, com total isenção.

Como é suposto ser.

A direção do Maisfutebol

OS RANKING FINAIS DA LIGA PARA O MAISFUTEBOL E PARA O SOFASCORE:

A CLASSIFICAÇÃO FINAL DA ELEIÇÃO DO MELHOR JOGADOR DA LIGA PARA O MAISFUTEBOL