O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, confirmou esta segunda-feira que a passagem terrestre nas fronteiras entre Portugal e Espanha está limitada a nove pontos, destinados ao transporte de mercadorias necessárias e à passagem de trabalhadores que precisem de cruzar a fronteira.

«Estamos a trocar as notas técnicas, estabelecendo nove pontos de passagem de fronteira terrestre, estabelecendo mecanismos que limitam essa passagem a mercadorias e a trabalhadores que tenham, por razões profissionais, de deslocar-se ao outro lado da fronteira. Mesmo nesses casos, iremos fazer controlos sanitários na fronteira», afirmou Cabrita, em conferência de imprensa.

Nas declarações após uma reunião, esta manhã, por videoconferência, com todos os ministros do espaço Schengen, Eduardo Cabrita referiu que as decisões sobre a limitação da fronteira aérea, já interrompida a voos da China e de Itália, continua a ser trabalhada. O ministro anunciou, ainda para esta segunda-feira, que vai dialogar com o seu homólogo espanhol para debater a questão.

«Concordamos com a articulação do controlo das fronteiras externas, em Portugal são essencialmente a fronteira marítima e a aérea. Relativamente à fronteira marítima, tomamos decisões que levaram à interrupção de navios-cruzeiro (…). Relativamente à fronteira aérea, tomámos já decisões de interrupções de voos relativamente a Itália, China e continuaremos, relativamente aos voos de países terceiros, a adotar medidas de controlo sanitário», afirmou Cabrita.

Questionado sobre a decisão anunciada pelo Governo de proibir eventos com mais de 100 pessoas e se, mesmo assim, não se trata de um risco de saúde pública face à pandemia da covid-19, Eduardo Cabrita sublinhou a necessidade de estimular as pessoas a não terem «quaisquer deslocações, quaisquer reuniões, que não sejam absolutamente necessárias».