Portugal vai fazer testes para avaliar a imunidade da população à covid-19. A garantia foi dada este sábado em conferência de imprensa pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

«O Instituto Ricardo Jorge está a entrar numa fase piloto para ver como podem ser feitos os testes e quando é a altura ideal porque a imunidade demora algum tempo a instalar-se», disse a responsável, lembrando que «a maior parte dos doentes ainda está em recuperação».

Graça Freitas avisa que se o estudo «for demasiado precoce pode não haver ainda anticorpos.»

Mas frisou em seguida que serão feitos «estudos serológicos para perceber a proporção da população que tem imunidade e a duração.»

No que diz respeito aos testes de diagnóstico, ou seja, para determinar se alguém está infetado, a ministra da Saúde, Marta Temido, diz que entre 1 de Março e 1 de Abril foram realizados mais de 88 mil testes, 53% em público e 47% em privado, e que este momento há capacidade para mais de 6 mil testes diários no setor público e mais de quatro mil no privado.

Marta Temido disse ainda que faltaram zaragatoas nos últimos dias em vários pontos do país, mas que estão para chegar 80 mil, assim como 260 mil testes. 

A ministra revelou que ainda este sábado chegarão a Portugal três milhões de máscaras cirúrgicas e 400 mil máscaras FFP2 e no domingo chegam 144 ventiladores de uma encomenda de 1500 feitos pelo Ministério da Saúde, vários são doações de diversas entidades. 

Marta Temido renovou o conselho de que as máscaras cirúrgicas, assim como o equipamento de proteção – máscaras, luvas e toucas - «continuam a ser aconselhadas para profissionais de saúde e para pessoas que contactem com doentes de covid-19 e [com] materiais por eles utilizados».

«Também por familiares e cuidadores ou para aqueles que trabalhem em unidades especificas, como lares ou na rede de cuidados continuados», disse a ministra, acrescentando à lista os «doentes em terapêutica com imunossupressores, que fazem hemodiálise, e aqueles em tratamentos oncológicos de quimio e radioterapia, aquando das deslocações».

A ministra da Saúde lembrou ainda a importância de as marcaras serem igualmente utilizadas pelos elementos das estruturas prisionais, das forças militares e das forças de segurança nas operações que vão desenvolvendo nas ruas.

Marta Temido deu também como exemplo quem trabalha em lojas de bens de primeira necessidade com atendimento ao público, lembrando que a grande maioria já dispõe de separadores físicos de acrílico, para proteção dos trabalhadores e dos clientes.