Um terço das mortes por covid-19 em Portugal foram de população de lares de idosos. Os dados foram revelados pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, lembrando que «nos lares estão habitualmente pessoas muito vulneráveis, quer pela idade, quer por patologias, acrescentando a isso a concentração de pessoas num espaço.»

A responsável afirmou, que desde o início, foi incentivado a que fossem tomadas medidas preventivas. «Antes de acontecer um caso de Covid, deviam ser criadas nesses lares condições para que a concentração de pessoas não fosse tão intensa. Pondo-se até a hipótese de, em lares de maior densidade, se possam desdobrar os utentes por mais do que uma estrutura».

Mas a diretora-geral da Saúde afirmou que «há regras que não estão a ser cumpridas».

«Foram proibidas as visitas aos lares e essa proibição devia ter-se mantido, porque quem introduz o vírus nos lares são pessoas que vêm de fora. Temos imensa pena, mas há outras formas de contactar as pessoas. Também dissemos desde o início que, qualquer novo residente de um lar, tivesse um teste negativo e ficasse em isolamento durante 14 dias, porque o teste não é suficiente. Tudo isto devia ter sido cumprido», frisou Graça Freitas.