O Pavilhão Rosa Mota – SuperBock Arena vai ser, a partir da próxima semana, o primeiro hospital de apoio ao combate à covid-19 no Porto. O recinto vai ter instaladas 300 camas hospitalares.

Os trabalhos de construção iniciaram esta terça-feira e, após a conclusão dos mesmos, o pavilhão vai «servir de retaguarda aos Centros Hospitalares de São João e Universitário do Porto (Santo António)», pode ler-se, no comunicado da Câmara Municipal do Porto.

O «Hospital Porto.», como é designado, destina-se a receber doentes assintomáticos, ligeiros e que não possam estar isolados em casa, doentes infetados e com outras patologias, além de pessoas que estejam a recuperar da doença.

«As instalações e camas estão a ser montadas pela Câmara do Porto com o apoio do Exército Português, destinando-se a receber doentes infetados com covid-19, mas assintomáticos ou com sintomas ligeiros sem possibilidade de isolamento no domicílio. Poderão ser também usadas por doentes infetados e com necessidade de cuidados médicos devido a outras patologias. Servirão ainda para acolher doentes em fase de convalescença, após infeção por Covid-19», refere o município.

Este novo hospital estava inicialmente reservado para acolher idosos que foram deslocados dos lares e testaram negativo para o novo coronavírus. Contudo, esse fim foi assegurado, em articulação com a Diocese do Porto, para o Seminário de Vilar, libertando o Pavilhão Rosa Mota para os ditos efeitos.

«Trata-se da criação, em poucos dias, de um hospital que chamamos de ‘Hospital de Missão’ e que servirá sobretudo para doentes pouco sintomáticos ou assintomáticos, que não tenham retaguarda familiar», afirmou esta terça-feira Nuno Santos, adjunto do presidente da Câmara Municipal do Porto, aos jornalistas.

Além das 300 camas, no pavilhão estão, por estes dias, e com a ajuda do exército português, a ser montadas «27 enfermarias no piso superior e algumas enfermarias e salas de contenção no piso inferior», acrescentou Nuno Santos.

Portugal regista esta terça-feira 160 mortes associadas à covid-19, mais 20 do que na segunda-feira, e 7.443 infetados (mais 1.035), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).