A Covid-19 pode fazer-se sentir no futebol até 2024 através de impactos financeiros e operacionais, segundo a World Football Summit (WFS) e a SPSG Consulting.

Os danos foram avaliados numa escala de um a sete, tendo representantes de clubes, ligas e entidades do sector estimado que o impacto nos últimos meses foi quase máximo (6,74). Nos próximos anos prevê-se um decréscimo do impacto da covid nas instituições ligadas ao futebol, mas ainda em 2023 e 2024 esse vai existir, ainda que de forma residual.

Eventos desportivos, estádios, clubes, ligas e cidades que acolhem as principais competições estão entre os principais lesados.

Este estudo, nomeado «Covid-19: Implicações na indústria do futebol» prevê uma recuperação mais duradoura em solo europeu, quando comparado com os demais continentes.

«Se o desporto não consegue lotar estádios e perde público físico, o patrocínio pode eventualmente não ser tão atraente para as empresas. Além disso, as marcas também podem ter de ajustar os seus orçamentos de marketing em conformidade, encerrando negócios antes do programado ou cortando investimentos de patrocínio», avisa a WFS.

Sem saber quando esta crise que afastou os adeptos dos estádios acaba, tem sido o resgate dos valores acordados nas transmissões televisivas que tem mantido amortizado perdas.

Os clubes diminuíram os valores das transferências pagas por jogadores, numa clara rutura da valorização individual exponencial que se tem verificado nos últimos anos a nível de transferências, salários e comissões dos agentes.

A tecnologia pode funcionar como alicerce financeiro no futuro próximo das empresas. «As capacidades tecnológicas permitirão às organizações inovar para enfrentar a crise, aumentando a segurança nos estádios, melhorando a experiência do adepto no local e encontrando novos fluxos de receita não tradicionais, para que a indústria do futebol se possa desenvolver, gerar valor agregado e monetizar», concluem os especialistas.