Um juiz de Nova Iorque recusou na quinta-feira o pedido de prisão domiciliária para o hondurenho Alfredo Hawit, extraditado para os Estados Unidos, onde está acusado de crimes de corrupção, no âmbito do escândalo que assola a FIFA.

Hawit, presidente interino da Confederação da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF) e vice-presidente da FIFA, está acusado nos Estados Unidos de ter recebido milhões de dólares em subornos enquanto secretário-geral da Federação de Futebol das Honduras, entre 2008 e 2014.

O hondurenho foi detido em Zurique, na Suíça, a 03 de dezembro, em conjunto com o paraguaio Juan Angel Napout, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e, igualmente, vice-presidente da FIFA.

Os dois dirigentes são suspeitos de terem recebido dinheiro em troca da venda de direitos de comercialização relacionados com torneios de futebol na América Latina, bem como dos jogos para as qualificações do Mundial.

Na audição com o juiz Robert Levy, o advogado de Hawit, Justin Weddle, pediu que o seu constituinte permanecesse em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, em Miami, onde mora a filha do hondurenho, o que foi rejeitado pelo juiz nova-iorquino.

Os procuradores do Ministério Público insistiram no risco de fuga e exigiram uma caução de quatro milhões de dólares (cerca de 3,6 milhões de euros).