Joel Campbell foi a maior figura do terceiro dia do Mundial 2014. O avançado da Costa Rica marcou, deu a marcar e deixou os adversários à beira de um ataque de nervos. Maxi Pereira é o maior exemplo, vendo o cartão vermelho por um pontapé sem sentido no adversário.

O Uruguai tombou na jornada inaugural (1-3), depois de estar em vantagem. Com apenas 21 anos, já perto dos 22, Joel Campbell liderou a reviravolta costa-riquenha e despertou o interesse do meio mundo que não o conhecia.

Arsène Wenger segue o seu trajeto há vários anos, já que o avançado pertence aos quadros do Arsenal. Na época 2013/14, esteve cedido ao Olympiakos da Grécia, destacando-se num golo marcado ao Manchester United na Liga dos Campeões. Curiosamente, não foi utilizado nos dois duelos com o Benfica. Ou seja, encontrou Maxi Pereira pela primeira vez.

Joel Campbell terminou a época com 11 golos em 43 jogos. Não seria o suficiente para garantir a ingresso no plantel do Arsenal, mas o Campeonato do Mundo pode alterar o destino do jogador.

Haja fé. Na sua vida, o primeiro pilar é Deus. Segundo a mãe, Campbell lê o salmo 27 antes de cada jogo. Terá feito isso mesmo na reta final da preparação para o embate com o Uruguai.

No final, a vitória e o prémio de melhor em campo. «Graças a Deus».



Companheiro de equipa de Paulo Machado e Pelé no Olympiakos, Joel Campbell esperou por este Mundial com natural ansiedade. Aliás, deixou-se levar pela febre das cadernetas e, a 9 de abril, criou a hastag #BadLuckCampbell.

O avançado decidiu comprar 100 cadernetas mas não conseguiu encontrar o seu cromo. A Panini respondeu de pronto, garantindo que sim, ele andava por lá. E não faria sentido de outra forma, já que Joel promete ser uma das figuras do torneio.

Por agora, ninguém se lembra de Álvaro Saborío, a habitual referência atacante da Costa Rica. Joel Campbell é o novo herói nacional.

 

[artigo original: 04h03]