Costinha considera injustas as críticas que tem recebido esta época. O técnico do Paços de Ferreira diz que o ambiente tem sido difícil desde início, e defende que as pessoas criaram uma imagem errada de si.

«Desde que cheguei aqui as coisas não foram fáceis e até parece que jogámos sempre mal. Sou visto com desconfiança e levantam burburinhos contra a minha pessoa. Para ser humilde parece que tenho de vender os fatos e o Porsche, mas se as pessoas me conhecerem vão ver que sou normal», referiu, citado pela agência Lusa.

Costinha deu um exemplo daquilo que considera um tratamento injusto. «Fui criticado por termos perdido com o Zenit, mas o FC Porto já não foi criticado por ter jogado mal e perdido com eles», afirmou.

O treinador do Paços de Ferreira revelou mesmo que a família sentiu necessidade de estar perto dele neste momento conturbado. ««Por vezes sou imune às críticas, ou tento ser. Mas a minha família é mais sensível e sentiu necessidade de vir ter comigo», assumiu.

Costinha negou ainda que tenha segurança pessoal, como chegou a ser falado. «Não sei como surgiu essa história. É uma estupidez. Tenho um amigo que pertenceu a uma claque de um clube que representei e que gosta de vir aos jogos, mas não gosta de ver fazerem-me mal», justificou.

O técnico espera que a receção ao Vitória de Guimarães, desta segunda-feira, marque o início de um novo ciclo, até porque o Paços de Ferreira pode deixar o último lugar da tabela classificativa. «O Vitória é uma equipa que já defrontámos na pré-época, bem orientada, que se reforçou com jogadores de maior qualidade e será difícil de ultrapassar, mas queremos vencer não para calar os críticos e as vozes de contestação, mas para iniciar um ciclo positivo», disse Costinha.

«Para mim é fácil ultrapassar as críticas. Basta olhar para o meu passado e perceber como construí a minha carreira. O que me deixa preocupado é que a contestação prejudique os jogadores», concluiu.