A Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) entende que a decisão para o regresso das ligas profissionais deve estar dependente de uma diretiva da Direção-Geral da Saúde (DGS) e ser baseada no conhecimento científico.

«Não podemos adulterar a realidade, isto não é uma questão de posição do Sindicato dos Jogadores ou da ANTF, da Liga ou dos clubes, terá de ser uma posição do país, no caso, da DGS. Temos que nos reger pelo que são as suas indicações e ninguém as pode ultrapassar», afirmou José Pereira em declarações à agência Lusa.

Recorde-se que já esta quinta-feira o Sindicato dos Jogadores expressou a mesma opinião, tendo referido também que é aconselhável a realização de uma pré-época de pelo menos três semanas, algo que corresponde, aponta o líder da ANTF, às expetativas dos treinadores, de forma a eliminar riscos acrescidos de lesões.

José Pereira recusou ainda apontar uma data para o regresso das competições, colocando essa decisão nas mãos das autoridades competentes. «Quando o Governo e a DGS o fizerem [permitir regresso da competição], vai ser, com certeza, com a responsabilidade que o momento exige e baseado na ciência», apontou.

O presidente da ANTF abordou o regresso aos treinos, ainda que individualizados de alguns clubes como o Nacional e o Sporting, dando a entender que tal não devia ter acontecido. «Deviam começar todos ao mesmo tempo, nas mesmas condições e em igualdade de circunstâncias. (...) Mas a lei prevê isto [reinício da atividade com condições] e, se alguns clubes aproveitaram essa frincha na lei, isso fica à consciência de cada um», referiu.