Mesut Ozil explicou porque se recusou a aceitar um corte no ordenado por causa da quebra de receiras do Arsenal causada pela pandemia de covid-19, decisão que lhe valeu muitas críticas.

«Os jogadores queriam ajudar, mas precisam de mais informações e muitas perguntas ficaram sem resposta», disse o jogador em declarações ao The Athletic.

«Eu até teria aceitado ceder uma percentagem maior até a situação melhorar, mas fomos empurrados para essa situação sem termos sido devidamente. Temos o direito de saber tudo, de entender o que está a acontecer e de saber para onde vai o dinheiro. Só que não nos deram detalhes suficientes, pediram-nos apenas a decisão. Foi demasiado depressa para algo tão importante, houve demasiada pressão», garantiu.

«Isto não foi justo, sobretudo para os mais novos, e eu recusei. Tinha um bebé em casa e tenho compromissos para com a minha família aqui, na Turquia e na Alemanha, além das ações de solidariedade que apoio e de um projeto que lançámos para apoiar pessoas em Londres», disse, acrescentando que não foi o único jogador a recusar o corte, mas apenas o seu nome foi divulgado.

«Penso que foi por ser eu, há dois anos que tentam destruir-me, que tentam fazer com que seja infeliz. Tentam colocar os adeptos contra mim e passar uma imagem que não é verdadeira», afirmou, garantindo: «Vou ficar aqui até ao último dia do contrato e vou dar tudo por este clube. Situações como esta não me quebram, tornam-me mais forte. Eu é que decido quando tenho de ir embora, não as outras pessoas.»