A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu esta quarta-feira alargar a recomendação do uso de máscaras a mais grupos da população portuguesa.

A Direção-geral da Saúde (DGS) tem desaconselhado o uso generalizado de proteção facial, uma vez que «pode dar uma sensação falsa de segurança», mas essa questão pode sofrer alterações.

«Todos os dias aprendemos sobre esta doença. A questão das máscaras tem a ver com o grau de exposição desses grupos a certas partículas e a propagação entre estes. O que está a ser muito equacionado é se essas partículas, que são transmitidas de uma pessoa para a outra, se em alguma circunstância são capazes de criarem aerossóis, ou seja, de andar pelo ar», disse Graças Freitas, conferência de imprensa diária da DGS.

«E vou dar um exemplo: quando se faz uma ventilação mecânica a uma pessoa, esse ato provoca aerossol. Quem faz essas técnicas tem de ter proteção máxima. A questão das máscaras tem de ser estudada com muito cuidado. O que não pode acontecer é dar uma falsa sensação de segurança. Independentemente das máscaras, a medida número um é o distanciamento social», frisou.

Graça Freitas explicou depois como é que é feita a contagem de vítimas mortais por causa de Covid-19 para os boletins diários: «Neste caso da covid-19, se o médico preencher que a causa terminal da morte foi a covid, estamos a considerar isso como o evento terminal, a última causa do óbito. Se uma pessoa infetada com covid teve outro evento terminal, esse é que conta como causa da morte. Uma pessoa pode ter covid e ser atropelada. Nesse caso, o atropelo é a causa final [da morte] e não a covid-19.