A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou neste sábado que a Direção Geral de Saúde alterou o critério para dar um doente como recuperado de covid-19.

«Está livre de doença quem tenha tido os seus sintomas resolvidos, ultrapassados e simultaneamente tenha testado negativo para Covid-19. A diferença face à situação anterior para doentes que não tenham tido internamento hospitalar é um teste negativo após 14 dias depois do início de sintomas, enquanto que para os doentes que tenham tido internamento, mantém-se o critério de dois testes negativos, com intervalo de 24 horas», explicou Marta Temido.

Durante a conferência de imprensa, Graça Freitas também se pronunciou sobre o tema. «As pessoas que ficam em casa e com sintomas muito ligeiros têm uma carga viral menor. É por isso que os artigos científicos que foram publicados nas últimas duas semanas dizem que para os doentes ligeiros há duas condições para serem considerados recuperados: já não terem sintomas nenhuns e fazer apenas um teste negativo. Os doentes que foram hospitalizados continuarão a precisar de dois testes», salientou a diretor-geral de Saúde.

Durante a conversa com os jornalistas, Marta Temido fez questão de salientar a importância do 25 de abril e do Serviço Nacional de Saúde, que surgiu após a Revolução: «O SNS é um pilar fundamental do nosso estado social. O 25 de abril é também o Serviço Nacional de Saúde. Não assinalar o 25 de abril seria admitir que viveríamos bem sem ele.»

«A Assembleia da República tem um plano de contingência excelente para que esta cerimónia e outras cumpram todas as normas. As máscaras podem e devem ser usadas em meio interiores quando esses meios não cumpram o distanciamento social. Nesta sala, não estamos com máscaras porque estamos a cumprir o distanciamento social», acrescentou Graça Freitas, falando sobre a cerimónia realizada neste sábado na Assembleia da República.

Marta Temido e Graça Freitas falaram ainda sobre o regresso à normalidade nos Hospitais e nos Centros de Saúde após o final do Estado de Emergência. ‘Ontem devemos a volta praticamente a todos o país. Há Hospitais com retoma já a 4 de maio, outros em que já se iniciou a remarcação da atividade e outros que o farão mais à frente. É um processo, gradual, faseado. Temos de ser cuidadosos. Nos Centros de Saúde, há a mesma lógica faseada», disse Marta Temido.

«Começa-se a notar algum desconfinamento, as pessoas têm circulado mais nos últimos dias. Não podemos abrandar o nível de contenção. É deste equilíbrio que vamos ter de viver nos próximos tempos. Manter a sociedade a funcionar mas sem colocar em risco a saúde pública», finalizou Graça Freitas.