A diretora-geral da Saúde, Graça Freiras, diz que vai ser preciso monitorizar com atenção o efeito das medidas de confinamento em Portugal na pandemia da covid-19 no país.

«O estado de emergência e as medidas levaram a que curva fosse aplanada e tivesse uma tendência descendente. Vamos ter de monitorizar muito bem o efeito do levantar destas medidas, porque vai levar a maior contacto entre as pessoas», disse a responsável na conferência de imprensa diária.

O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, apontou também: «Estamos conscientes de que não podemos descurar uma segunda vaga e estamos a capacitar o SNS.»

«Preocupa-nos tudo, não queremos estar desprevenidos. Temos de criar uma almofada para prevenir uma segunda vaga», frisou.

«Portugal está em estado de emergência e continuará depois do levantamento deste estado a lidar com a emergência da saúde publica», lembrou o governante.

Relativamente à forma como são contabilizadas as mortes por covid-19, Graça Freitas frisou que Portugal «não está a deixar escapar ninguém».

«Em Portugal, não é possível ninguém ser enterrado sem um certificado de óbito, que são passados pelos médicos, que são eletrónicos. Conseguimos saber o numero de mortos facilmente, ao minuto. São dados online», explicou a diretora-geral da Saúde, dizendo que é contabilizada morte por covid-19 «mesmo que a infeção não tenha sido a causa primária.»

«93% das mortes por covid-19 ocorreram em meio hospitalar, 4% em lares e 3% em domicílio», explicou Graça Freitas.