O Sindicato de Jogadores reiterou esta terça-feira que «nunca se mostrou disponível» para «cortes salariais indiscriminados» por parte dos clubes aos atletas, depois de já ter condenado, por exemplo, a medida de lay-off adotada pelo Belenenses SAD.

Em comunicado o organismo defende que as reduções salariais devem ser feitas de forma individual, consoante os rendimentos de cada um.

«Quem aufere rendimentos mais elevados pode sofrer um corte maior, quem aufere rendimentos mais reduzidos, deve ver o seu salário menos afetado, sendo de acolher o princípio de que os cortes feitos nesta fase de transição possam ser repostos/compensados em data a acordar pelas partes», pode ler-se na nota.

A entidade liderada por Joaquim Evangelista defende que «não aceita um corte indiscriminado e, sem possibilidade de devolução, reposição no futuro» e condena as sociedades desportivas que recorram a um lay-off «com suspensão do contrato de trabalho, muitas delas sem dar aos seus trabalhadores qualquer possibilidade de negociação».

Em relação à data do regresso das competições em Portugal, o Sindicato de Jogadores remete a decisão para a Direção-Geral da Saúde.

«Na perspetiva do Sindicato, só a Direção-Geral da Saúde (DGS) pode confirmar a possibilidade de retoma da atividade e competição em segurança», lê-se no comunicado.

O Sindicato oferece-se ainda para viabilizar um possível acordo para prolongar o término dos contratos dos jogadores que terminam no final da presente época desportiva, em junho de 2020.