A maratona de Paris foi inicialmente cancelada após dois adiamentos devido à pandemia da covid-19.

Inicialmente marcada para 5 de abril, foi depois adiada para 18 de outubro e remarcada para 15 de novembro, mas agora a corrida de 42,195 quilómetros que percorre todos os anos os locais mais emblemáticos da capital francesa, como Campos Elísios, Ópera, Bastilha, Notre-Dame e Torre Eiffel, foi cancelada em definitivo.

«Perante a impossibilidade de muitos participantes se colocarem à disposição para estes eventos e em particular aqueles, muitos, vindos de vários países estrangeiros e com as atuais dificuldades de deslocação, decidiu-se marcar encontro com todos em 2021», referem os promotores, em comunicado.

Os concorrentes já inscritos para a edição de 2020, ainda de acordo com a nota da empresa organizadora ASO (Amaury Sport Organization), «poderão, se quiserem, ficar já registados para 2021».

A meia-maratona de Paris, também adiada duas vezes e remarcada para 18 de outubro, também não acontecerá este ano, disse a ASO.

Entre os vencedores da maratona de Paris contam-se os portugueses Henrique Crisóstomo (1996), Domingos Castro (1995) e Manuel Matias (1988).

O cancelamento da prova parisiense segue-se ao das maratonas mais prestigiosas do planeta - Nova Iorque, Berlim, Boston e Chicago - e compromete de forma irreparável a temporada de estrada.

Apenas a maratona de Londres ainda resiste, porém sob o formato de uma corrida reservada apenas para atletas de elite em 04 de outubro e num circuito que serve como uma bolha de isolamento.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 736 mil mortos e infetou mais de 20,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.