Foi numa videoconferência com a CONMEBOL (Confederação Sul Americana de Futebol), que o presidente da FIFA, Gianni Infantino, se pronunciou sobre as incertezas que pairam sobre o futuro próximo das competições em todo o mundo devido à pandemia de Covid-19:

«Todos gostaríamos de ter o futebol de volta já amanhã, mas, infelizmente, isso não é possível. E ninguém no mundo sabe quando voltará a ser o que era», afirmou o dirigente perante os representantes das dez federações da CONMEBOL, que assistiam à sua intervenção através de videoconferência.

O homem que lidera a FIFA foi mais longe e de forma taxativa traçou as prioridades do momento: «pela primeira vez, o futebol não é o mais importante (…) a saúde é a prioridade e assim continuará a ser enquanto esta doença não for ultrapassada», disse.

«São tempos complicados e de poucas palavras. É preciso ter respeito por aqueles que estão a sofrer e pelos que estão a ajudar a combater esta doença. Este vírus veio comprovar que somos pequenos e vulneráveis, e que o mundo é global. O nosso mundo e o nosso desporto serão diferentes quando tudo voltar ao normal. Temos de assegurar que o futebol vai sobreviver e prosperar novamente», referiu Infantino durante a sua intervenção no 72.º aniversário da CONMEBOL.

Gianni Infantino fez igualmente questão de reforçar que a FIFA está, nesta altura, a debruçar-se na análise de três situações consideradas como prioridade pela organização como o são os calendários das competições, os contratos dos futebolistas e o apoio financeiro que vai ser prestado a ligas e clubes um pouco por todo o mundo, de forma a atenuar o forte impacto financeiro da pandemia do novo coronavírus.

Estas declarações do presidente da FIFA são proferidas dois dias depois da organização ter anunciado que estava a ponderar a assistência financeira à comunidade do futebol, a nível mundial, e de ter salientando que a FIFA se encontra numa situação económica sólida, suportada por uma reserva financeira que nesta altura ronda os 1.400 milhões de euros.