O primeiro-ministro, António Costa, apelou este sábado a que se fique em casa neste e no próximo fim de semana, considerando essencial travar o «grave» crescimento da Covid-19, e defendeu que as medidas restritivas agora tomas são um «mal menor».

«Este fim de semana vai ser muito diferente, vamos ter de ficar em casa à tarde e à noite. Vai ser muito duro para todos, que gostariam de fazer livremente aquilo que lhes apetecesse», declarou numa mensagem vídeo, na qual procura explicar a razão de o Governo ter tomado medidas de recolher obrigatório nos concelhos mais atingidos pela covid-19.

Costa reconhece que este e o próximo fim de semana vão ser «muito duros para muitas atividades económicas, para a restauração, para o comércio, que vão ter prejuízos grandes».

«Mas há três razões fundamentais para termos de fazer este esforço suplementar. A primeira é que a situação da pandemia é mesmo muito grave. Se nos recordarmos de qual era a situação na primeira vaga da pandemia, o máximo de casos foi de 1516, mas ainda ontem [sexta-feira] tivemos 6653 novos casos, quatro vezes mais do que na primeira fase, o que significa que temos mesmo de travar a continuação do crescimento desta pandemia», frisou. 

O primeiro-ministro explicou que o Governo quer evitar um confinamento como o da primeira vaga da pandemia quando «foi necessário fechar a generalidade das atividades económicas e fechar as escolas», com a generalidade das pessoas «fechadas em casa».

«Conseguimos travar a pandemia, mas todos também nos lembramos do enorme custo que isso teve dos pontos de vista da saúde mental, afetivo, social e económico. Foram milhares de empregos destruídos e uma imensa perda de rendimentos por parte das famílias e muitas atividades ficaram mesmo fechadas para sempre. Ora temos de evitar isto», advertiu. 

Por isso, de acordo com o primeiro-ministro, o Governo optou agora «pelo mal menor». «E o mal menor é concentrar este esforço nestes fins de semana para tentar preservar a continuidade da vida normal durante a semana, sem voltar a interromper o ano letivo e sem voltar a interromper a generalidade das atividades económicas.».

Por último, Costa apontou «uma terceira razão fundamental» para o Governo ter tomado as medidas restritivas à circulação e à generalidade da atividade comercial. 

António Costa invocou ainda «uma terceira razão fundamental» para o Governo ter tomado as medidas restritivas à circulação e à generalidade da atividade comercial.

«É que temos de dar todo o nosso apoio aos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico, aqueles que estão neste momento nos hospitais ou os centros de saúde a fazer um esforço imenso para tratar os doentes, para acompanhar aqueles quer estão em casa confinados em vigilância, para fazer os inquéritos epidemiológicos para travar as cadeias de transmissão. É um trabalho imenso que estão a fazer e nós podemos ajudá-los, evitando que haja mais pessoas doentes que eles tenham de tratar», concluiu. 

A mensagem do primeiro-ministro: