A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta quinta-feira a criação de um painel independente para avaliar a sua atuação e resposta face à pandemia de covid-19. O organismo apela, entretanto, a uma reflexão profunda, numa altura em que a pandemia «não está controlada na maior parte dos países», pelo contrário, «está a piorar». 

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, anunciou que a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark e a ex-presidente da Libéria Ellen Sirleaf vão presidir ao comité, que deverá apresentar um relatório preliminar em novembro e outro definitivo em maio de 2021, durante a Assembleia Mundial da Saúde.

«Precisamos de olhar para o desempenho dos nossos sistemas nacionais de vigilância e resposta, como partilhámos informação com as nossas comunidades, se ganhámos a sua confiança, como liderámos, se a nossa arquitetura global de saúde é adequada», declarou Tedros Ghebreyesus.

A pandemia «não está controlada na maior parte dos países, está a piorar», salientou, apontando os mais de 11,8 milhões de casos já comunicados à OMS e as mais de 544 mil pessoas que morreram com a covid-19, cujo contágio «ainda está a acelerar, com uma duplicação do número total de casos nas últimas seis semanas».

Durante anos, muitos de nós avisaram que uma pandemia catastrófica de uma doença respiratória era inevitável. Não era uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’. Mesmo assim, o mundo não estava preparado. Os nossos sistemas não estavam preparados. As nossas comunidades não estavam preparadas. As nossas cadeias de fornecimento entraram em colapso. Está na altura de fazer uma reflexão honesta», defendeu ainda.

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