O mediatismo de Cristiano Ronaldo ficou mais uma vez demonstrado na apoteótica receção que o internacional português foi alvo no Palácio de Belém onde foi agraciado, pelo Presidente da República, com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, com a presença de mais de duas centenas de jornalistas, entre os quais três dezenas de estrangeiros, quase todos espanhóis. Uma receção só comparada, segundo os serviços da Presidência da República, à visita de grandes Chefes de Estados, como Rei Abdullah da Jordânia (16 março de 2009), o Papa Bento XVI (11 de maio de 2010) ou Barak Obama (9 de novembro de 2010).

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No total, os serviços de segurança da Presidência da República, atribuíram 218 credenciais, entre técnicos e jornalistas, que se distribuíram entre o exterior do palácio, a rampa de acesso ao Pátios dos Bichos, por onde iam entrar os convidados, e a Sala das Bicas onde o jogador do Real Madrid, depois da cerimónia, iria falar aos jornalistas.

Uma receção que contou com mais de três dezenas de convidados, com destaque para a forte representação do Sporting, liderada pelo presidente Bruno de Carvalho, que se distinguia facilmente pelas gravatas verde alface. Uma comitiva que, entre seguranças e assessores, contou ainda com o treinador Leonardo Jardim, com o presidente da Assembleia Geral Jaime Marta Soares, com o diretor para o futebol Augusto Inácio e com o responsável pela formação Aurélio Pereira. Este último, o único contemporâneo do CR7 nos tempos do Sporting, teve direito a um abraço mais demorado da parte do homenageado.

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Fernando Gomes liderou a também forte representação da Federação Portuguesa de Futebol que contou ainda com os antigos internacionais Humberto Coelho, João Vieira Pinto e Pauleta. O Real Madrid também se fez representar ao mais alto nível, numa comitiva liderada pelo presidente Florentino Pérez, que contou ainda com Emílio Butragueño e Angel Sánchez.

Entre representantes de Estado e outros agentes desportivos, notou-se a ausência dos familiares diretos de Cristiano Ronaldo, entre os quais o filho Cristiano Aveiro Júnior, que também estavam convidados, mas que acabaram por não comparecer à cerimónia.

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Cristiano Ronaldo já tinha estado no Palácio de Belém em 2004, a seguir ao Campeonato da Europa que se realizou em Portugal, com toda a seleção, para uma homenagem do então presidente da República Jorge Sampaio. Dez anos depois, o jogador do Real Madrid voltou à residência do Presidente da República para se juntar ao restrito grupo de personalidades ligadas ao desporto que já foram distinguidas com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique: Carlos Lopes (1985), Rosa Mota (1987), Eusébio (1992) e José Mourinho (2005).