Ante o Luxemburgo, um Luxo: Ronaldo vezes três e a noite mais tranquila na caminhada para o Mundial 2022.

Portugal marcou três golos nos primeiros 18 minutos de jogo, evitou surpresas e acabou de mão cheia a antepenúltima missão no grupo A, de olho no Qatar.

Duas grandes penalidades, aos oito e 13 minutos, foram o castigo máximo imediato para uma equipa que tinha assustado verdadeiramente Portugal no primeiro duelo, mas cedo ficou sem esperanças no Algarve: Ronaldo bisou da marca dos 11 metros e Bruno Fernandes deu depois a sentença madrugadora para mais três pontos da seleção, antes do golo de Palhinha e do «hat-trick» de CR7.

Depois do 3-0, Portugal ensaiou um hino ao desperdício, mas lá construiu uma goleada que espelha o que se passou no jogo. Palhinha marcou de novo aos luxemburgueses e festejou à Ronaldo, antes de este chegar aos 115 golos pela seleção. O Luxemburgo só assustou por duas ocasiões, mas Rui Patrício fechou a porta a Sinani (54m) e Gerson (71m).

Os comandados de Fernando Santos continuam a um ponto da Sérvia, que bateu o Azerbaijão (3-1), mas com um jogo a menos e, por isso, possibilidade firme de qualificação direta para o Qatar.

Num histórico jogo 100 para Rui Patrício – o primeiro guarda-redes luso a chegar à centena de internacionalizações – a dança de Bernardo Silva originou uma falta de Sébastien Thill (o herói do Sheriff no Santiago Bernabéu na Liga dos Campeões) e Ronaldo bateu Moris para o 1-0 de penálti, o primeiro de dois. A seguir, o próprio Ronaldo sofreu falta do guarda-redes e assinou o 2-0 num penálti que teve de ser repetido.

Portugal-Luxemburgo: todo o filme do jogo

O início de jogo foi mesmo eficácia pura e dura. Três remates, três golos: Bruno Fernandes bateu Moris com um remate cruzado, depois de um passe de Bernardo Silva na área, para o 3-0.

Ia sendo fácil e também bonito. Sobretudo para os cerca de 18 mil adeptos, que viam Portugal chegar a um-dois toques à baliza e a marcar sempre que lá chegava. Coisa rara de ver, mas só aos 21 minutos surgiu o primeiro remate que… não deu golo. Foi pela cabeça de André Silva.

Depois, o marcador só não engordou até ao golo de Palhinha porque, só para dar alguns exemplos, Moris negou o «hat-trick» a Ronaldo em novo duelo antes do intervalo (43m), guardando para o lance antes do 4-0 a grande desfeita ao português: Ronaldo ia marcar um dos golos da sua vida de ‘bicicleta’, mas Moris não o deixou cortar a meta.

Mas Palhinha, que encheu o meio campo com uma mão de grandes desarmes e recuperações, resolveu depois concretizar as ameaças e correspondeu de cabeça ao canto de Bruno Fernandes, antes de Ronaldo selar as conta com um cabeceamento picado, a cruzamento de Rúben Neves.

Noite tranquila, um Ronaldo de luxo e um resultado firme. De mão cheia.