Continua a dar que falar em Inglaterra o caso do jovem adepto do Everton a quem Cristiano Ronaldo deu uma palmada na mão e partiu o telemóvel, em abril.

Apesar do pedido de desculpa posterior do internacional português, a mãe de Jacob Kelly, menino autista que tinha 14 anos aquando do incidente, diz ter-se sentido intimidada pelo jogador do Manchester United.

«No dia a seguir à agressão, ligou-me um homem chamado Sérgio que disse ser assistente pessoal de Ronaldo a convidar-me para ir a Manchester encontrar-me com Ronaldo, e eu rejeitei», introduz Sarah Kelly, em declarações ao jornal Mirror.

«Ele perguntou-me: “sabes quem é o Ronaldo?”. Desliguei a chamada, fiquei a tremer e a chorar e dois dias depois ele voltou a ligar, porque Ronaldo queria falar-me pessoalmente», continua, descrevendo então Cristiano Ronaldo como «o homem mais arrogante» com quem já falou.

«Convidou-me para ir conhecer a família e disse que não era um mau pai. Mas eu nunca disse que ele é mau pai (…). Pediu desculpa, mas disse que não tinha feito nada de mal. Que não tinha matado ninguém. E isso deixou-me em fúria. “Bateste na mão do meu filho, deixaste-a negra e dizes que não fizeste mal a ninguém?”, descreve ainda a mãe do adepto.

Sarah revela ainda que Ronaldo lhe pediu para deixar o caso longe da imprensa e da justiça, algo que ela não pretende fazer.

«Desliguei o telefone e fiquei a questionar-me se teríamos sido nós a fazer algo de errado. Deixou-me num pranto».

Por isso mesmo, a mulher inglesa, de 37 anos, promete lutar até às últimas instâncias por justiça.

«Tem sido um pesadelo. Quero justiça e que ele pague pelo que fez. A única forma de conseguir justiça é lutar por ela», concluiu.