A Gestifute, empresa do agente Jorge Mendes que gere a carreira de Cristiano Ronaldo, emitiu um longo comunicado refutando as acusações de evasão fiscal de que é alvo o capitão da seleção nacional, pelo Fisco espanhol.

Começando por salientar que o Ministério Público «apresentou uma queixa contra Cristiano Ronaldo e não uma ação judicial», a Gestifute explica que o português constituiu a sociedade Tollin, que detém a cem por cento, em 2004, quando chegou ao Manchester United, para receber os direitos de imagem.

Quando, em 2009, assinou pelo Real Madrid, manteve a mesma sociedade, que, garante a empresa, não teve «problema algum» em Inglaterra, e fez alterações contratuais para assegurar que os rendimentos fossem tributados em Espanha. Porém, salienta que se trata de uma referência aos rendimentos ganhos em Espanha e não aos globais, pois a Lei dos Impatriados, usada quando Ronaldo se mudou para a Espanha, não considera os direitos de imagem «rendimento de uma atividade desportiva».

No comunicado lê-se ainda que «os advogados de Cristiano Ronaldo consideram que, sejam quais forem as soluções para este caso – bem como as suas consequências -, devem circunscrever-se ao âmbito administrativo e não ao judicial, porque a discrepância provém de uma questão jurídica muito complexa onde não há lugar à má-fé do jogador.»