Ángel Correa imaginou assistir ao Mundial 2022 pela televisão depois de Lionel Scaloni ter anunciado os 26 convocados da Argentina. No entanto, o infortúnio de Nico González foi a sorte do jogador do Atlético de Madrid.

A conquista do título de campeão mundial seria o final perfeito para uma história de superação e recheada de dificuldades. Correa cresceu na pobreza, no perigosíssimo bairro de Las Flores, onde as crianças, por serem muito pobres, têm uma baixa esperança média de vida.

O atual futebolista pertencia a uma família de oito irmãos e muitas vezes dizia que não queria comer por saber que não havia comida suficiente para todos, revelou a sua mãe. Na adolescência, Correa já vivia só com a mãe e com os irmãos: o pai morreu prematuramente quando este era criança.

O San Lorenzo acabou por o tirar das ruas, onde passava os dias a jogar futebol, e do perigoso bairro da cidade de Córdoba. A partir dos 15 anos, o atacante viveu por baixo de uma das bancadas do estádio do San Lorenzo e sonhava entrar no relvado, um dia.

Depois das dificuldades, o caminho para o sucesso parecia estar trilhado. Porém, pouco depois da mudança para o Atlético de Madrid, encontraram um tumor (benigno) no coração de Correa, o que adiou a sua estreia pela equipa colchonera.

Há oito anos em Madrid, é um dos fiéis escudeiros de Simeone. 

Este texto foi baseado no perfil de Ángel Correa, que pode ler no dossier dedicado à seleção da Argentina, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português, para partilha de informação relativa ao Mundial 2022.