Este incidente justificou os tempos complicados que viveu nessa altura e que, a juntar à ditadura militar de Jorge Rafael Videla na Argentina, legitimaram o «não» de Cruyff à Laranja Mecânica: «Também era o momento em que me queria despedir do futebol, tinha decidido deixá-lo, e não podia jogar sabendo isto. Creio que para jogar um Mundial há que estar a 200 por cento e assim não fazia sentido».
O seu ex-adjunto dos tempos em que treinou o Barcelona, Charles Rexach, lançou recentemente um livro onde acusa Johan Cruyff de ceder demasiado à pressão da sua mulher e da sua família. «Os meus filhos iam com a polícia para o colégio e em minha casa também tive vigilância durante alguns meses. O Charly devia saber que tive bastantes problemas no fim da minha época como jogador aqui», explicou.
Recorde-se que a renúncia de Johan Cruyff ao Mundial da Argentina foi interpretada como um protesto contra a ditadura de Videla, mas algumas críticas disseram que foi a sua mulher a proibi-lo depois do escândalo do Mundial de 1974, em que o ex-jogador foi fotografado com outras mulheres.
RELACIONADOS
De Boer e Cocu voltam à selecção da Holanda