* Enviado-especial ao Euro 2016. Pode segui-lo no Twitter aqui.

A de ALEMANHA, campeã do mundo em título e uma das dominadoras do torneio a par da Espanha, vai participar na 12ª fase final consecutiva.

B de BRANDIA CENTRAL, o nome da empresa portuguesa que, a exemplo das competições anteriores, foi encarregue de desenhar o logótipo do Euro 2016. O tema é «a celebração da arte e do futebol».

A arte e o futebol juntos no logo do torneio francês.

C de CRISTIANO RONALDO. O capitão da Seleção Nacional é o nome mais mediático do Euro 2016, e tem também recordes a bater. CR7 soma seis golos em fases finais, tal como o sueco Zlatan Ibrahimovic (e os já reformados Van Nistelrooij, Nuno Gomes, Henry e Kluivert), e está a três do melhor marcador, o antigo jogador francês Michel Platini. Ao alcance está também o inglês Alan Shearer com sete. Ronaldo tem também 14 encontros em fases finais e pode ultrapassar os recordistas Lilian Thuram (França) e Edwin van der Sar (Holanda), que participaram em 16.

D de… DAVID GUETTA, o autor da canção de abertura «This One’s for You», featuring Zara Larsson. «Free Your Mind», de Maya Lavelle, será o tema de encerramento da competição.

O Allianz Riviera, em Nice, é um dos estádios construídos para o Euro 2016.

E de ESTÁDIOS. São dez, quatro construídos de raiz: o Parc Olympique Lionnais, em Lyon, com capacidade para 59286 pessoas; o Stade Pierre-Mauroy, em Lille, com lotação de 50186 espectadores; o Matmut Atlantique, em Bordéus, com 42115; e o Allianz Riviera, em Nice, com 35624. O estádio nacional em Saint Denis (81338), que será palco do jogo de abertura e da final, entre outros, foi o único que não sofreu alterações. O Velódrome em Marselha (67394), o Parc des Princes em Paris (48712), o Geoffroy-Guichard em Saint Étienne (41965), o Bollaert-Delelis em Lens (38223) e o Municipal de Toulouse (35150) foram todos alvo de melhoramentos.

F de FRANÇA. É a terceira vez que a França organiza o torneio, depois da primeira edição, em 1960, e de 1984, que venceu. Sagrou-se campeã em 2000, que teve organização repartida por Bélgica e Holanda. Novo título vale 300 mil euros a cada jogador gaulês.

G de GIBRALTAR, que competiu pela primeira vez na fase de qualificação para um Europeu, ficando fora da fase final. A jovem seleção foi goleada pela Polónia por 7-0 no Estádio do Algarve, com quatro golos de Robert Lewandowski. Perdeu os dez jogos do Grupo D, marcou apenas dois golos (à Escócia e à Polónia) e sofreu 56. Lee Casciaro assinou o primeiro da história de Gibraltar na goleada sofrida em Hampden Park frente aos escoceses (6-1).

H de HOLANDA. Foi um dos campeões anteriores (1988) a ficar de fora do Europeu, a par de Dinamarca (1992) e Grécia (2004). Os holandeses não falhavam uma fase final de um Campeonato da Europa desde 1984 e tinham terminado o último Mundial, em 2014, na terceira posição.

Pierluigi Collina, chefe de arbitragem da UEFA, escolheu dois ingleses entre os 18 árbitros da fase final.

I de INGLATERRA. É o país com mais árbitros na fase final: Martin Atkinson e Mark Clattenburg. Felix Brych (Alemanha), Cüneyt Çakir (Turquia), Willie Collum (Escócia), Jonas Eriksson (Suécia), Ovidiu Hategam (Roménia), Sergei Karasev (Rússia), Viktor Kassai (Hungria), Pavel Kralovec (Rep. Checa), Björn Kuipers (Holanda), Szymon Marciniak (Polónia), Milorad Mazic (Sérvia), Svein Oddvar Moen (Noruega), Nicola Rizzoli (Itália), Damir Skomina (Eslovénia), Clément Turpin (França) e Carlos Velasco Carballo (Espanha) compõem o lote de 18 juízes escolhidos pela UEFA para a fase final.

J de JOVENS PROMESSAS. Aos 18 anos, Marcus Rashford é o rosto principal entre os novos talentos que podem ganhar destaque durante Europeu. O jovem avançado estreou-se tanto com golos no Manchester United como na Seleção dos Três Leões (num particular frente à Austrália, realizado em maio), tornando-se o inglês mais novo a fazê-lo. Renato Sanches, da seleção portuguesa, o central Jedvaj (Croácia), os médios Ozan Tugan (Turquia) e Weigl (Alemanha) e os avançados Coman (França), Dele Alli (Inglaterra), Krejci (Rp. Checa), Embolo (Suíça), Leroy Sane (Alemanha) e Milik (Polónia) prometem causar impacto durante o torneio. Mas há bastantes outros à espreita nas listas finais.

Valbuena e Benzema, protagonistas do caso que deixou os dois fora do Euro.

K de KARIM BENZEMA, um dos grandes ausentes do Euro do seu país. O avançado do Real Madrid foi excluído pela participação no caso de extorsão ao compatriota Valbuena, que também não está na lista de Didier Deschamps. O selecionador francês excluiu ainda, por opção, Gameiro e Lacazette, e ainda Mamadou Sakho, que foi apanhado num controlo anti-doping. Zouma, Varane, Lassana Diarra e Mathieu são ainda baixas forçadas por lesão. Dejan Lovren incompatibilizou-se com o selecionador croata, já Senderos (Suíça), Pirlo, Montolivo e Giovinco (Itália), Halilovic (Croácia), Walcott (Inglaterra), Saúl Níguez e Isco (Espanha) não conseguiram convencer os respetivos treinadores. Outras baixas por questões físicas: Fábio Coentrão, Danny e Bernardo Silva (Portugal), Drmic (Suíça), Oxlade-Chamberlain, Jack Butland, Danny Welbeck e Luke Shaw (Inglaterra), Cheryshev e Dzagoev (Rússia), Gundogan, Reus e Badstuber (Alemanha), Marchisio, Perín e Verratti (Itália), Rob Elliot (Irlanda), Kompany, Bakkali, Lombaerts e Boyata (Bélgica), Carvajal (Espanha) e Stephen Ireland  (Irlanda).

L de LE RENDEZ-VOUS, o slogan do torneio francês. O «encontro» ou a «reunião», em português.

M de MAREK SÚCHY, o único jogador suspenso para o início do torneio. O jogador checo foi expulso no encontro da fase de qualificação frente à Holanda, e falha automaticamente a primeira jornada do Grupo D, frente à Espanha.

N de NOVIDADES. Albânia, Islândia, Irlanda do Norte, Eslováquia e Gales qualificaram-se pela primeira vez para um Euro. As três últimas já tinham estado na fase final de um Mundial, já as duas primeiras estão pela primeira vez num Campeonato da Europa.

Os franceses estão muito focados na segurança, depois dos atentados de Paris e Bruxelas.

O de ORGANIZAÇÃO. Depois dos ataques terroristas em Paris e Bruxelas, a organização do Euro 2016, que terá pela primeira vez 24 seleções, recusou a ideia de que alguns jogos pudessem realizar-se à porta fechada. França prometeu mobilizar mais de 60 mil polícias na segurança do torneio. O diretor-executivo Martin Kallen incentivou, no início de maio, os adeptos a deslocar-se a França «sem medo» e reiterou que há muito que estava a ser montada uma operação para garantir um campeonato seguro.

P de PORTUGAL. A Seleção Nacional integra o Grupo F, com Islândia (14 de junho, Saint Étienne), Áustria (28 de junho, Parc des Princes) e Hungria (22 de junho, Lyon). Estagiará em Marcoussis, uma comuna dos subúrbios da capital, a 24,8 quilómetros do seu centro, e o local onde a seleção francesa de râguebi se prepara para as grandes competições. Fernando Santos convocou 23 jogadores para a fase final: Rui Patrício (Sporting), Anthony Lopes (Lyon) e Eduardo (D. Zagreb); Vieirinha (Wolfsburgo), Cédric (Southampton), Ricardo Carvalho (Monaco), Fonte (Southampton), Pepe (Real Madrid), Bruno Alves (Fenerbahçe), Eliseu (Benfica) e Raphäel Guerreiro (Lorient); João Mário (Sporting), Renato Sanches (Benfica), William Carvalho (Sporting), Danilo (FC Porto), Adrien (Sporting), João Moutinho (Monaco), André Gomes (Valencia) e Rafa (Sp. Braga); Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Éder (Lille), Nani (Fenerbahçe) e Ricardo Quaresma (Besiktas). É a sétima presença dos portugueses num Europeu (1984, 1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016), e o seu melhor resultado foi o 2º lugar de 2004, edição que organizou.

Renato Sanches é um dos 23 de Fernando Santos.

Q de QUARTOS DE FINAL. Até aqui dois amarelos em jogos diferentes valem um jogo de suspensão, tal como o vermelho direto, mas os cartões vistos limpam a partir dos quartos de final para os jogos decisivos.

R de REGRESSOS. A Bélgica não estava numa fase final desde 2000, edição que organizou em conjunto com a Holanda. A Hungria estava ausente há 44 anos, depois da presença no Euro-1972, embora pelo meio tenha garantido a presença no Mundial de 1986, realizado no México. Roménia, Turquia, Áustria e Suíça ficaram de fora da última edição.

S de SUPER VICTOR, o nome da mascote oficial. Um super-herói com a camisola francesa e uma capa vermelha. O seu nome foi escolhido entre um lote de três finalistas, onde estavam ainda as designações Goalix e Driblou.

Super Victor, a mascote super-herói.

T de TERCEIROS. Apuram-se os quatro melhores terceiros para os oitavos de final, com os seguintes critérios de desempate por ordem de importância: mais pontos, diferença de golos, golos marcados, fair play e coeficiente UEFA. O primeiro critério de desempate em cada grupo é o confronto direto, seguido pela diferença de golos.  

U de UCRÂNIA, uma das duas seleções que conseguiram pela primeira vez a presença num Europeu através de uma fase de qualificação, a par da Áustria, depois de terem sido coorganizadores respetivamente em 2012 (com a Polónia) e em 2008 (com a Suíça).

V de VENCEDORES. Alemanha e Espanha têm ambas três títulos. A Mannschaft festejou em 1972, 1980 e 1996, já a Roja soma por triunfos as participações em 1964, 2008 e 2012. A França venceu em 1984 e 2000. Seguem-se seis países com um triunfo: União Soviética em 1960, Itália em 1968, Checoslováquia em 1976, Holanda em 1988, Dinamarca em 1992 e Grécia em 2004. O campeão deste ano garante presença na Taça das Confederações de 2017.

W de WINTER. O holandês é um dos seis jogadores que participaram em quatro edições de europeus (1988, 1992, 1996 e 2000), precisamente as mesmas em que esteve o dinamarquês Peter Schmeichel. O alemão Lothar Matthaeus (1980, 1984, 1988 e 2000) é outro dos recordistas. O francês Lilian Thuram, o holandês Van der Sar e o italiano Alessandro Del Piero estiveram nas quatro últimas edições (1996, 2000, 2004 e 2008). Cristiano Ronaldo é um dos que se pode juntar ao lote, depois das presenças em 2004, 2008 e 2012.

X de XHAKA. O médio suíço foi das primeiras transferências mais sonantes entre as principais ligas no mercado que agora começou. O capitão do Borussia Moenchengladbach, de apenas 23 anos e já com mais de 40 internacionalizações pela seleção helvética, terá rendido cerca de 40 milhões de euros, pagos pelo Arsenal de Arsène Wenger. Os adeptos dos Gunners vão estar certamente muito atentos ao médio.

A festa espanhola em 2008.

Y de Y Viva Espãna. É o que os espanhóis quererão certamente cantar em Saint Denis a 10 de julho, numa eventual festa do terceiro título consecutivo da Roja. Vencedora em 2008 e 2012, perante Alemanha (1-0) e Itália (4-0), a equipa de Vicente del Bosque é uma das grandes favoritas ao triunfo final.

Z de ZIDANE. Foi o atual treinador do Real Madrid quem apresentou a bola oficial do Euro, a Adidas Beau Jeu («jogo bonito»), a 12 de novembro de 2015.