Brassard esteve nos dois Campeonatos do Mundo de sub-20, na Arábia Saudita (1989) e em Lisboa (1991), que ditaram o nascimento da já mítica geração de ouro do futebol português. O antigo guarda-redes voltou a encontrar-se esta segunda-feira com alguns dos seus companheiros das duas campanhas no arranque do curso de III nível da UEFA, que está a decorrer no Centro de Estágios de Rio Maior, e está convicto que dali poderá sair «uma boa fornada de treinadores» de ouro.
«É uma nova etapa na nossa vida. Tivemos o nosso percurso como atletas, uns mais bem sucedidos do que outros. Neste momento terminou o prazo de vida como atletas e, como todos nós gostamos de futebol, a etapa a seguir é a via de treinador. Como aconteceu na vida de jogador, uns vão ter mais sucesso do que outros, mas penso que se pode dizer que daqui vai sair uma boa fornada de treinadores», destacou num intervalo do primeiro de dezoito dias de aulas em regime de internato.
Ao contrário de alguns dos seus colegas de curso, Fernando Brassard já exerce funções de técnico há dois anos e ao mais alto nível, como treinador de guarda-redes da Selecção Nacional. «Não tenho muitas vantagens por aí, muitos deles também já exercem. Cada um está inserido na sua realidade, eu encaminhei a minha para o treino específico de guarda-redes e estou a trabalhar ao mais alto nível. Estes cursos servem para uma pessoa se aperfeiçoar, são instrumentos válidos para nós depois podermos executar na nossa realidade», contou.
Conhecimentos que Brassard quer continuar a colocar ao serviço da Selecção Nacional. «Neste momento estou ao mais alto nível, sinto-me privilegiado por trabalhar na selecção portuguesa e obviamente estou muito satisfeito por lá estar», acrescentou.