«Falta legislação para o desporto profissional!» A frase é polémica, se atendermos à opinião mais ou menos generalizada dos presidentes dos clubes portugueses, em relação às obrigações decorrentes da participação nas competições profissionais. 

Eduardo Correia não percebe como os dirigentes podem queixar-se tanto e explica porque é que defende ainda mais rigor: «Acho que há muita inércia nos clubes portugueses, ao nível do dirigismo. Ninguém gosta de mudar e quando aparece alguém de fora é logo encarado como um intruso, que nada percebe sobre aquilo. Os nossos dirigentes têm uma mentalidade muito retrógrada: acham-se insubstituíveis e, se formos a ver, nos últimos 20 anos são quase sempre os mesmos os que estão no poder. Isto tem que mudar». 

Para o director do curso de Gestão Profissional do ISCTE, essa prática não se coaduna com os tempos modernos: «Há que haver uma renovação no dirigismo e, sobretudo, as pessoas têm que ser mais abertas à mudança, às coisas novas».