O piloto português Bianchi Prata, que subiu, esta segunda-feira, um lugar na classificação dos SSV no Dakar realizado na Arábia Saudita, após a oitava etapa, assumiu ter tido «Paulo Gonçalves no pensamento» e que acordou a pensar na morte do compatriota como se fosse «um pesadelo».

«Foi muito difícil este primeiro dia a saber que o Paulo não está cá. Pus o despertador para as 5h15 e acordei eram 4h30. Acordei a desejar que fosse um pesadelo, mas é a realidade. Um abraço a todos e vamos tentar continuar aqui fortes», afirmou o portuense, da equipa PH Sport, navegador do zimbabueano Conrad Rautenbach, após o nono lugar na etapa, findada a 22 minutos e seis segundos do vencedor, o brasileiro Reinaldo Varela.

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Sobre a etapa, Prata frisou que «cada quilómetro parecia demorar horas [a passar] dentro do carro, cada perigo parecia ter em si o dobro do perigo».

Na terça-feira, disputa-se a nona etapa, entre Wdi Al Dawaki e Haradh, com 886 quilómetros, 410 deles cronometrados.

Paulo Gonçalves faleceu no domingo, aos 40 anos, após uma queda ao quilómetro 276 da sétima de 12 etapas do Dakar.

Lesões «graves na cabeça, coluna e pescoço» terão sido a causa da morte do português, adiantou fonte da equipa, à agência Lusa.

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