Parte interessada, ainda que secundária, no processo negocial de Danilo é o América Mineiro. Foi neste clube que o lateral/médio do Santos, agora namorado por F.C. Porto e Benfica, jogou dos dez aos 19 anos e é ali que mora ainda 25 por cento do seu passe. As negociações em São Paulo estão a ser acompanhadas com «redobrado interesse» na Arena do Jacaré.

«Aguardamos uma informação oficial sobre o desenlace da reunião. Não podemos definir o destino do Danilo, pois somos uma força minoritária, mas torcemos para que o resultado seja o melhor possível para os nossos interesses», diz ao Maisfutebol o dirigente Carlos Cruz, responsável pela Comunicação do clube.

«O Danilo é um amigo do América e foi ele a exigir que uma parcela do passe ficasse connosco. Falo com ele várias vezes e ele nunca demonstrou distinção entre F.C. Porto e Benfica. Está disposto a jogar em qualquer um deles, desde que as suas condições financeiras sejam boas.»

Carlos Cruz diz mesmo que «Danilo é um jogador especial», não só pelo que joga, também pela «forma como pensa». «Nunca perdeu o compromisso com o América. Antes de sair para o Santos, os empresários chegaram cá e queriam depositar o dinheiro para ele sair de imediato. Mas não. O Danilo fez questão de continuar até ao fim do Mineirão a ajudar a equipa. Só depois foi», elucida o dirigente, que conhece «há uma década» o jogador.

«Chegou cá ainda era um menino, já obcecado em ser profissional. Tinha uma família humilde, mas nunca lhe faltou educação. Fala bem, não atropela ninguém e jamais perdeu o rumo. Mesmo no Santos, ao lado do Neymar e do Ganso, pareceu sempre mais homenzinho.»

A finalizar, Carlos Cruz reconhece que um trespasse no valor de dez milhões seria «um negócio excelente» para o América Mineiro. «Desejo que ele saia para a Europa e se consolide por lá. O bem dele é o bem do América.»