Contratado ao Santos com o rótulo de jovem promessa em 2011, Danilo não teve o início desejado no FC Porto: na primeira época, o lateral-direito fez apenas oito jogos de dragão ao peito.

A partir daí, Danilo explodiu e partiu para três grandes anos no FC Porto, que lhe valeram uma transferência para o Real Madrid – e posteriormente para o Manchester City e para a Juventus.

Em entrevista ao Goal, o internacional brasileiro recordou esses primeiros tempos complicados no Dragão e revelou como deu a volta à situação. Mas primeiro, quando questionado sobre o segredo para triunfar em clubes de topo como Real Madrid, City e Juventus, Danilo lembrou o FC Porto.

«Incluiria também os anos no FC Porto e vou explicar o porquê: pela dificuldade de adaptação que um jovem jogador de futebol tem quando sai do seu país para um diferente, mesmo falando português e sendo em Portugal. É uma liga diferente, clima, pessoas e tipo de futebol diferentes. Incluiria nessa estatística os anos no FC Porto, um clube imenso também. Mas claro que entendo também que City, Real e Juventus representam uma importância diversa no futebol mundial.»

Danilo falou depois sobre os primeiros tempos de azul e branco: «No meu primeiro ano no FC Porto, não foi fácil em termos de lesões, adaptação, até pelo que custei. Éramos obrigados a chegar 1h30 minutos antes do treino. No Santos, o treino era às 16h e eu chegava às 15h55.»

«Cheguei ao FC Porto e não estava a jogar ao meu melhor nível, pensei que tinha de estar a fazer alguma coisa mal. Não me compraram para eu passear. (...) A partir de determinado momento, dei um estalo e passei a observar os jogadores que faziam a diferença na equipa naquele momento. Foi quando comecei a observar jogadores como Hulk, João Moutinho, Lucho González, os mais experientes do FC Porto. Jogadores com identidade no clube, muita influência. Pensei para mim: ‘Tenho de fazer o que eles fazem’. Foi o meu primeiro choque de realidade», acrescentou.

Danilo falou ainda sobre a saída de Cristiano Ronaldo da Juventus: «Qualquer equipa do mundo que ele deixar vai sentir falta. Não há hipótese, os anos passam e ele continua letal. Os números não mentem. Na mínima oportunidade, é golo. É assim e pronto, acabou. Ele é extremamente competitivo. Pude aprender muito ao lado dele. Criei uma proximidade muito boa com ele no Real Madrid e na Juventus ainda mais. Vai e está a fazer falta, mas a Juventus tem capacidade para reerguer-se. O Cristiano sabe disso.»