Uma vitória do Olhanense sobre o Paços de Ferreira voltará a dar conforto classificativo ao clube algarvio. Assim pensa o treinador Daúto Faquirá, que espera encontrar sábado, às 1915h, em Olhão, um adversário espicaçado na sua auto-estima, depois da goleada com o Rio Ave.

«É um jogo importante mas não decisivo. Sabemos que os resultados dos nossos dois últimos jogos beliscaram o conforto que tínhamos, mas a vida começa a partir do momento em que perdemos essa zona de conforto. Portanto, é isso que temos que perceber, e ver este jogo como importante para fazermos 31 pontos, e ficarmos com mais conforto que temos neste momento.»

Daúto Faquirá rejeita de resto colocar um rótulo demasiado pesado ao encontro. «Não há jogos de vida ou de morte, mas sim jogos importantes. E este é um deles, a quatro jornadas do fim, pois queremos definir o mais rápido possível o nosso objectivo em termos matemáticos», observou o treinador sobre a importância do jogo com os castores.

O Olhanense, que não ganha há oito jogos, tem tido muitos problemas físicos no plantel. «Temos sido muito castigados por lesões que condicionam imenso a nossa estratégia, principalmente no sector mais recuado onde temos tido muitos condicionalismos.»

«Esta semana temos o Maurício em dúvida, mas enquanto treinador e até a própria equipa, temos que conviver com isso, e temos conseguido dar uma resposta positiva, porque estivemos poucos jogos em não fomos iguais a nós próprios. Serão os que forem para o campo de batalha que vão fazer com que os três pontos no sábado fiquem em Olhão», acredita Daúto Faquirá.

«Soubemos sempre que as vitórias não são definitivas nem as derrotas são fatais, o que interessa é a coragem e isso temos tido. Sabemos que vamos encontrar um adversário difícil que vem de uma derrota que de certeza mexeu com a sua auto-estima. O Paços de Ferreira é uma boa equipa, forte nas transições, com bom ritmo e objectivos similares aos nossos e vai-nos dificultar a vida.»

«Vamos ter que ser inteligentes e pacientes para desferir os golpes nos momentos certos. Eles vêm espicaçados pelos seis golos sofridos em casa depois de terem sofrido outros cinco com o Benfica. Isso abala com a sua estrutura e estabilidade que tem tido no campeonato. Mas, com o devido respeito pelo adversário, em casa mandamos nós», reitera o treinador do Olhanense.