Deco respira saúde aos 34 anos e, numa entrevista ao jornal brasileiro «Lance», apresenta-se motivado para a nova temporada com a camisola do Fluminense com a perspectiva de atacar a Taça Libertadores, um dos poucos troféus que falta na sua galeria e na do clube carioca.

«Conquistar a Libertadores seria fechar com chave de ouro a minha carreira. Ganhei a Liga dos Campeões, nacionais na Europa e no Brasil¿ganhando a Taça Libertadores, em termos de clube, não vai faltar mais nada», destaca o internacional português.

O primeiro obstáculo no sonho de Deco serão os argentinos do Arsenal, num embate marcado para esta terça-feira. Deco conhece melhor o Arsenal original, de Inglaterra, pelos tempos que passou no Chelsea, mas agora está concentrado neste primeiro adversário. «É um time previsível, mas perigoso. Defendem muito bem e têm como ponto forte a bola parada. Se não prestarmos atenção nos contra-ataques, as coisas podem complicar-se», destacou.

Deco já faz parte da história do F.C. Porto e do Barcelona, mas quer que o seu nome seja também lembrado pelos adeptos do Fluminense. «Se isso acontecer será legal por ter marcado história em três grandes clubes. Não é para qualquer um», comentou.

Deco esteve muito perto de pendurar as botas no final da última temporada, mas a perspectiva de poder lutar pela Libertadores levou-o a optar por, pelo menos, jogar até aos 35 anos. «Falei no passado que ia fazer uma reflexão no fim do ano. Vou deixar isso um pouco mais para o fim da temporada. Talvez seja o meu último ano. Vou tomar a decisão um pouco mais à frente», referiu. No final de 2011 Deco prolongou o seu contrato com o Flu de Agosto para Dezembro de 2012, com mais um ano de opção.

Uma das aliciantes da Libertadores, para Deco, além do troféu em si, é a possibilidade de jogar em palcos que ainda não conhece, como o mítico La Bombonera, do Boca Juniors. «Voltei ao Brasil para viver experiências novas. Libertadores é isso, jogar em lugares onde nunca actuei. Jogar e sentir essa sensação é muito legal», contou.

Uma eventual vitória na Taça Libertadores abria as portas para um possível reencontro com o Barcelona no Mundial de Clubes. «Se chegarmos lá já vai ser fantástico. Até porque não sabemos se o Barcelona vai ganhar a liga», referiu ainda.