Foi há quase dois anos que José Mourinho colocou o dedo no olho de Tito Vilanova, em jogo da Supertaça espanhola, mas o assunto continua a dar que falar, e agora até chegou ao Tribunal Constitucional do país vizinho.
Em fevereiro de 2012, mesmo antes do caso prescrever, uma firma de advogados de Barcelona decidiu apresentar queixa contra o técnico português e o Real Madrid, defendendo que a agressão se tratava de um delito público. «O caso não só coloca em causa a integridade física e moral de Vilanova, mas também todo um modelo de convivência social, baseado na justiça, na igualdade e no respeito entre as pessoas», argumentou o advogado Oril Casals.
Dois meses depois o tribunal rejeitou a queixa, justificando que o delito era privado, pelo que apenas Tito Vilanova podia apresentar-se como queixoso. A firma de advogados decidiu recorrer, destacando o mediatismo do caso, e alegando que a punição desportiva não interfere na aplicação da legislação penal. Este recurso foi igualmente recusado, com a firma de advogados a remeter então o caso para uma outra instância, que considerou o caso prescrito.
Os queixosos contestaram então a necessidade de apresentar um procurador, pelo que decidiram avançar para o Tribunal Constitucional, reivindicando uma «multa exemplar» para o técnico português.