A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já reagiu à demissão do Conselho de Justiça (CJ), garantindo o «normal funcionamento» das estruturas jurisdicionais.

A renúncia do CJ, à excepção de uma conselheira, surge a cerca de quatro meses das eleições directivas, e devido ao facto de a FPF ainda não ter adaptado os estatutos ao novo Regime Jurídico.

«A Federação recebeu uma declaração de renúncia assinada pelo presidente do Conselho de Justiça [Joaquim Sousa Dinis], tendo a mesma sido remetida para o presidente da Assembleia Geral [Avelino Ribeiro] para análise e decisão. A FPF (...) garante que tomará todas as medidas necessárias para assegurar o normal funcionamento das estruturas jurisdicionais da Federação», pode ler-se no comunicado divulgado no site do organismo, nesta sexta-feira.

Avelino Ribeiro, por sua vez, já analisou a situação e vai convocar eleições intercalares para o CJ, caso os membros suplentes também renunciem ao mandato.

«Irei notificar nos próximos cinco dias os membros suplentes e questioná-los se renunciam também ao cargo que ocupam. Se eles não renunciarem aos respectivos mandatos, ao contrário do que manifestarem na declaração que me fizeram chegar, o CJ terá quórum e poderá funcionar com quatro elementos. Se renunciarem, irei convocar imediatamente eleições intercalares para o órgão nos prazos estatutariamente previstos», esclareceu o presidente da AG, em declarações à agência Lusa.

Dos sete conselheiros que constituem o CJ, apenas um não assinou a renúncia, por discordar da mesma. Os três suplentes também não assinaram, alegadamente por não estarem presentes, mas manifestaram por escrito a solidariedade para com a decisão maioritária.

[notícia actualizada às 17h25]