‘Depois do Adeus’ é uma rubrica dedicada à vida de ex-jogadores após o final das carreiras. O que acontece quando penduram as chuteiras? Como sobrevivem os que não ficam ligados ao futebol? Críticas e sugestões para spereira@mediacapital.pt

Museu de Serralves, 16h20, 14 de novembro. O Maisfutebol entra num corredor escuro, ladeado por pequenos orifícios de onde saem imagens de filmes antigos. Todos a preto e branco.

O silêncio é quebrado por exclamações lancinantes na língua de Shakespeare. Percorremos um labirinto apertado e chegamos ao núcleo da exposição sobre o realizador Pedro Costa.

Numa cadeira encostada à parede, o vulto de Manuel Penteado. Levanta-se para prestar informações solicitadas pelos visitantes, quase todos estrangeiros. Distribui conhecimento e simpatia, disponibilidade e sorrisos.

Na Fundação chamam-lhe Obama. Está há 15 anos em Serralves, mas poucos lhe conhecem o passado. Poucos sabem, por exemplo, que Penteado foi um dos avançados mais relevantes do futebol português nos anos 80 e 90, jogador do FC Porto de José Maria Pedroto e símbolo maior do Leixões.

«Não gosto dos holofotes e dos flashes», diz Penteado, numa timidez desconcertante. «Já quando jogava futebol fugia sempre das máquinas fotográficas. Por isso prefiro que os meus colegas me conheçam apenas pelo que faço aqui no museu.»

E o que faz este antigo goleador em concreto? «Sou assistente de sala. Presto informações sobre as obras de arte da zona onde me encontro e ajudo os visitantes em tudo o que precisam, desde questões logísticas a outras mais técnicas.»

Manuel Penteado, 60 anos, um convidado muito especial do DEPOIS DO ADEUS.

Penteado na «sala escura» do realizador Pedro Costa

Maisfutebol – Nasceu em Angola, mas veio cedo para Portugal.

Manuel Penteado – Sim, cheguei com 16 anos a Monção. O meu pai era de lá. Joguei lá nos juniores. O meu pai era funcionário público em Angola. Tive quatro irmãos do primeiro casamento dele e mais dois do segundo casamento. Um dos meus irmãos, José Penteado, era um craque e jogou nos juniores do FC Porto. Infelizmente já faleceu.

MF – E ainda vai a Monção?

MP – Sempre que quero carregar baterias. O meu pai trabalhou lá na câmara, já ganhava bem. Tenho lá três irmãos a viver. Adoro lá ir para as vindimas. É a minha cidade favorita, juntamente com Matosinhos, onde vivo, e Vila Nova do Seles, onde nasci em Angola.

MF – O futebol aparece em Portugal ou já jogava em Angola?

MP – Em Angola comecei a jogar, mas antes do futebol fiz atletismo: salto em altura, salto em comprimento, 100 metros. Fui campeão regional em todas as especialidades. Foi assim que ganhei velocidade e potência muscular. Apliquei isso no futebol. Era raro perder uma bola nas alturas, por exemplo.

MF – Destacou-se no Monção e depois ainda jogou no Ac. Viseu e no Leixões.

MP – O Leixões é o clube do meu coração. Até hoje. Adorei jogar lá. Juntávamos os jogadores todos no famoso Café Nico. Eu fiz lá um ano espetacular em 1980/81 e recebi propostas do Benfica e do FC Porto. O meu pai era benfiquista, mas eu não gostei da abordagem deles e escolhi o Porto.

Penteado num Leixões-Leça, época 1980/81 (arquivo pessoal)

MF – Que tipo de abordagem lhe fez o Benfica?

MP – Muito agressiva. Enviaram uma carta para casa dos meus pais e ao abri-la nem me queria acreditar. Nunca falaram comigo e na carta mandavam-me apresentar na Luz no dia tal e à hora tal. Como se fosse uma ordem. Eu nem era jogador deles, nem tinha assinado nada e já me davam ordens assim? Preferi o FC Porto, pela forma como o senhor Álvaro Braga Júnior me fez o convite. Eu ganhava 35 contos no Leixões e fui ganhar 150 contos para o FC Porto. Poucas semanas depois, o Benfica telefonou-me a oferecer 600. Mas a minha palavra é o que conta e não traí o acordo verbal com o FC Porto.

MF – Chegou ao FC Porto em 1981, com 23 anos. Mas só ficou duas temporadas. Foi dispensado pelo senhor Pedroto?

MP – Não, o senhor Pedroto até queria que eu renovasse por mais dois anos. Ele sabia que eu tinha muitos clubes interessados e disse-me que eu ia começar a jogar mais vezes.

Penteado no banco do Porto; Pedroto é o segundo à esquerda 

MF – E o Penteado teve a coragem de dizer ‘não’ ao José Maria Pedroto?

MP – Teve de ser, pelo menos inicialmente. Falei francamente com ele. «O senhor não me põe a jogar e eu acho que tenho lugar na equipa. Por isso o melhor é ir embora.» O Fernando Gomes era intocável, mas eu nos treinos provava que podia jogar também. E já ganhava bem, 150 contos (750 euros). O Pinto da Costa tinha regressado ao clube, após o verão quente, mas o Pedroto nessa altura mandava no futebol. E pediu ao presidente para me aumentar o salário. Mais 100 contos. «Penteado, vais ser aumentado e na próxima época és tu e mais dez.»

MF – Não era uma proposta má. Recusou?

MP – Honestamente, achei que o senhor Pedroto só queria que eu assinasse. E depois voltava a meter-me no banco. «Tu és o meu inglês, vais jogar muitas vezes.» Ele dizia que eu era o inglês dele por causa do meu bom jogo aéreo. Mas eu lá aceitei, porque era impossível desrespeitar o senhor Pedroto. Assinei por mais dois anos com o FC Porto, até 1985.

MF – Mas aqui nos nossos registos o Pedroto joga no Salgueiros de 83 a 85.

MP – Os registos estão certos. Comecei a época de 83/84 no FC Porto, seria a minha terceira no clube. Na pré-época, em pleno balneário, o senhor Pedroto disse à frente de toda a gente. «Penteado, só sais daqui se vier o Real Madrid e pagar a nossa crise financeira.» O meu amigo Tibi, guarda-redes, até dizia que o homem me queria encher de moral. Eu comecei a pensar, sinceramente, que ia ser a minha temporada de explosão no FC Porto e que podia fazer uma grande dupla com o Gomes.

Penteado a fazer um golo no pelado do Salgueiros (arquivo pessoal)

MF – E não foi assim.

MP – Nos dois primeiros jogos da pré-época, acho que contra o Estrasburgo e o Paços de Ferreira, nem saí do banco (risos). Fiquei chateado. Renovei mais dois anos e a minha situação não ia mudar. No terceiro jogo nem sequer fui convocado. Fiquei a treinar à tarde com os outros excluídos. Bandeirinha, Quinito… Nisto, a dada altura, aparece o Pedroto no relvado. «Penteado, o que estás aqui a fazer?» Como ele era brincalhão, fiquei sem saber o que fazer, sem saber o queria de mim. «Pá, quero que vás para casa e logo estás aqui para o jogo.» E pronto, fui convocado assim à última da hora. Lá fui para casa, mas já não estava a gostar nada daquilo. E falei com o meu advogado.

MF – Forçou a rescisão com o FC Porto?

MP – O meu advogado ouviu a minha história e aconselhou-me a rescindir por «falta de condições psicológicas para o trabalho». Mas o jogo seguinte já era oficial, contra o Rio Ave num torneio, e seu eu jogasse já não podia sair para outro clube. E é nessa altura que aparece o Octávio Machado a pressionar-me para sair. Ele era treinador do Salgueiros. Fiquei ali numa posição complicada, sem saber se ficaria no FC Porto para ser suplente ou se aceitava o Salgueiros, onde tinha lugar na equipa e um bom salário também.

MF – E o que fez o Penteado?

MP – Decidi aceitar o convite do Salgueiros. No dia do jogo com o Rio Ave cheguei às Antas e avisei o roupeiro, o Moreno, que ainda está no FC Porto, que não ia jogar. Ele foi avisar o senhor Pedroto. Claro que o senhor Pedroto veio ter comigo, faltava uma hora para o jogo. E deu-me cabo da cabeça. «Quem é que pensas que és?» Eu aguentei a minha decisão, porque queria mesmo sair do FC Porto. E não joguei.

MF – Foi o seu último dia no FC Porto?

MP – Não, esse foi no dia seguinte. Fui ao treino e marquei seis golos pela equipa dos suplentes. Não voltei a aparecer no FC Porto. O meu advogado enviou a carta de rescisão, a invocar problemas psicológicos, e esperei uns dias para assinar pelo Salgueiros.

MF – E a federação aceitou essa justa causa?

MP – O caso foi para tribunal e os dois clubes acabaram por se entender. Falhei os primeiros jogos do campeonato, mas ainda fiz duas boas temporadas no Salgueiral. O pior era mesmo o campo pelado.

Penteado num Beira-Mar - FC Porto em 1990/91 (Arquivo pessoal)

MF – No FC Porto foi treinado pelo senhor Pedroto e, antes, pelo Hermann Stessl.

MP – Do Stessl só tenho coisas más a dizer. Nunca me dirigiu a palavra, era muito distante de todos. Eu treinava muito bem, os adeptos adoravam os meus treinos. O professor José Neto fazia as estatísticas todas e diz-me que marquei mais de 80 golos nos treinos. Mas ao fim-de-semana só me punham a jogar nas reservas.  

MF – Curiosamente, na estreia oficial pelo FC Porto marcou dois golos.

MP – Ao Lourosa, para a taça. E logo a seguir joguei meia hora contra Sporting e fiz 90 minutos contra o Benfica na Luz. Estive bem, mas perdemos os dois jogos. 1-0 em Alvalade e 3-1 na Luz. No jogo seguinte, contra o Belenenses, o Stessl convocou-me mas fui o 17º. Mandou-me para a bancada. Nunca mais quis conversa com ele. Normalmente jogavam o Jacques e o Walsh na frente.

MF – Quem era o seu melhor amigo no FC Porto?

MP – O Frasco, que é meu cunhado. O Zé Beto, o Albertino, o Freitas, o Jaime Pacheco, o Jaime Magalhães… ainda hoje treino com o Magalhães no Parque da Cidade. Infelizmente nunca fui campeão nacional. Só vencemos uma Supertaça.

Penteado «pegado» com o amigo Zé Beto num Salgueiros-FC Porto (1m34s):

MF – Jogou poucas vezes no FC Porto (9 jogos oficiais/2 golos), mas teve o privilégio de ser treinado pelo Pedroto.

MP – Era um homem especial, não tenham dúvidas disso. Agarrava no grupo pelos colarinhos e tirava o que queria dele. Era um homem inteligente. Vou dar-lhe um exemplo. Eu era o jogador do plantel que melhor jogava às damas. O senhor Pedroto não jogava grande coisa, mas observava, observava, observava. Certo dia, num estágio, desafiou-me. E ganhou. Era obcecado pela competitividade. A doença dele foi a pior notícia que podíamos ter recebido.

MF – Falou também do Zé Beto. Morreu muito jovem.

MP – Estive com ele na manhã do dia em que teve o acidente e morreu. Cruzámo-nos em Aveiro. Esse é que era um grande amigo. Eu jogava no Beira-Mar e morava na barra. Ia para a concentração e vi o Zé numa esplanada. À noite cheguei a casa, em Matosinhos, e ouvi gritaria no prédio. Eu morava no segundo andar e os pais do Zé Beto moravam no quinto. Fui lá e deram-me a notícia. Fui eu que eu levei o pai do Zé Beto ao hospital. O Zé despistou-se na auto-estrada, na saída para a Feira. Despistou-se no Golf onde andei dezenas de vezes com ele. Era um grande guarda-redes, um portento físico. Depois teve problemas com o Artur Jorge e foi encostado. Quando morreu, nessa manhã, disse-me que estava quase a resolver tudo e ia voltar ao plantel do FC Porto.

MF – Voltou ao Leixões em 1985. E conseguiu levar o clube à I Divisão.

MP – Eu digo sempre que no Estádio do Mar não conseguia jogar mal. Eu transportava naquela camisola linda, vermelha e branca, os sócios todos. É um clube marcante. É o meu clube. A nossa estreia na I Divisão foi contra o Sporting. Perdemos 2-0 no Mar, com 20 mil pessoas nas bancadas. O Rodolfo Rodriguez, um guarda-redes uruguaio, roubou-me dois golos certos.

Penteado cumprimenta João Pinto antes de um Leixões-FC Porto (arquivo pessoal)

MF – Mas o Leixões acaba por descer.

MP – O futebol português, enfim. Tivemos responsabilidade, claro, mas em alguns jogos… na Luz estávamos a ganhar 1-0 perto dos 90 minutos. Perdemos 2-1, com um penálti aos 90+9. O jogo acabou ao minuto 100. O árbitro era o senhor Teixeira Dória. Uma vergonha. O Vata agarrou o Barreto, atirou-se para o chão e o árbitro marcou penálti. Bem, nem vale a pena lembrar mais. A descida de divisão foi uma tristeza enorme.

MF – Deixou os relvados com 38 anos. E ainda treinou alguns clubes.

MP – Sim, comecei no Souselo, da AF Viseu. Mas fartei-me. Subi de divisão no Padroense e fui para o Valadares. Percebi que não adiantava nada ter bons resultados, não ia passar dos escalões secundários. Tive bons resultados e mesmo assim não recebi um convite de clubes com outras ambições.

MF – Falta falar sobre Serralves. Como é que passou dos relvados para o museu?

MP – Tive um amigo que foi diretor de marketing aqui no museu de Serralves. Sempre gostei de arte, de literatura, mas os meus conhecimentos eram parcos. Hoje em dia sei muito mais (risos). Na altura em que comecei a ficar insatisfeito com o futebol, ele desafiou-me a vir para cá.

MF – E não teve dúvidas?

MP – Senti que era melhor para mim. Nos anos de treinador fiquei com os cabelos brancos. Era desgastante. O último clube que treinei foi o Bougadense. Disse ‘basta’! Para mim foi um descanso abandonar o futebol.

MF – Como correu a integração no universo Serralves?

MP – Fiz uma formação e comecei logo. Algumas pessoas reconheciam-me, outras não. Passei logo para assistente de sala. Comecei a aprender, a aprender muito. E a tomar gosto pela arte contemporânea. Passei a estudar, a fazer visitas guiadas, a recolher catálogos e a lê-los em casa. Aprendi muito sobre arte nos meus primeiros anos em Serralves.

MF – Tem algum artista favorito?

MP – Na arte contemporânea não é fácil escolher um artista. Há peças que fazem sentido para mim e não fazem para mais ninguém. Tento passar aos visitantes o meu ponto de vista sobre as obras expostas. E ajudá-los a compreender as coisas mais estranhas. Certa vez, uma senhora italiana estava lá e não percebeu nada sobre a exposição do José Barrias, um nome famoso na arte portuguesa, que vive atualmente em Milão. E eu fui dando pistas, traçando um mapa. A senhora acabou a exposição encantada. E eu também.

MF – Como é o seu dia a dia em Serralves?

MP – Chego às 10 horas e visto logo o meu fato e gravata. Normalmente trabalho até às 18 horas. Tenho uma vida estável e intelectualmente estimulante.

MF – Costuma receber a visita de pessoas ligadas ao futebol?

MP – O Luís Castro, treinador do Vitória, vem cá muito. O Fernando Meira e o Sá Pinto também já lá foram e sei que gostam de arte. Também já recebi a esposa do Iker Casillas. Veio fazer-me uma pergunta sobre o Joan Miró. E há muitas pessoas que me chamam Obama (risos). Dizem que eu sou parecido com o antigo presidente dos EUA.

Um golo de Penteado pelo Leixões no Bessa (1m40s):

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