Depois do Adeus é uma rubrica do Maisfutebol dedicada à vida de ex-jogadores após o final das suas carreiras. Em altura de Mundial, apresentamos uma edição especial decidada a Tomas Brolin, uma das grandes figuras do Campeonato do Mundo de 1994.

Há vinte anos, Tomas Brolin encantava plateias nos Estados Unidos da América e contribuía para o sensacional terceiro lugar da Suécia no Campeonato do Mundo de 1994.

Com três golos na prova e várias assistências, Brolin terá sido a principal arma sueca na prova, jogando nas costas de Kennet Andersson e Martin Dahlin.

A seleção nórdica só foi travada pelo Brasil, futuro campeão. No jogo de atribuição dos 3º e 4º lugares, a Suécia goleou a Bulgária por 4-0.



Tomas Brolin foi selecionado para o onze ideal do Campeonato do Mundo. Porém, nos anos seguintes perdeu o brilho e acabou por terminar a carreira aos 28 anos.

Um pormenor irónico neste ingrato percurso. O ex-avançado lesionou-se com gravidade num tornozelo ao assistir Martin Dahlin para um golo, em novembro desse 1994, frente à Hungria. A partir daí, nunca mais foi o mesmo.



Duas décadas após esse inesquecível Mundial de 1994, Tomas Brolin é um empresário multifacetado no seu país e gosta de passar o tempo livre em torneios de póquer.

O antigo jogador deslocou-se a Copenhaga (Dinamarca) em março para disputar mais um torneio. «Desde que parei de jogar futebol, isto é a única coisa que me faz sentir o mesmo que sentia quando entrava em campo», explicou, revelando que começou a jogar póquer como passatempo «há sete ou oito anos.»



Os adeptos do futebol vão matando saudades de Tomas Brolin durante as suas aparições em torneios de póquer, não deixando de lamentar o notório excesso de peso do ex-craque sueco.

Desde que encerrou a carreira em 1998, Brolin apostou em vários negócios para garantir novas formas de subsistência e, de certa forma, reinventar-se. Pelo meio, ainda demonstra os dotes futebolísticos.



Produtos de pele, sapatos, serviços de catering, cavalos de corrida. O antigo jogador experimentou de tudo um pouco, mas ganhou outra dimensão com a inusitada aposta em revolucionárias escovas de aspirador.

A Twinner está em atividade desde 1998, um ano depois de o inventor sueco Goran Edlund ter conhecido Brolin e apresentado um conceito que deliciou o jogador.

Nesta altura, a empresa desenvolve o seu processo de internacionalização e parece ir de vento em popa.



Tomas Brolin tem ainda interesses no ramo imobiliário e manteve durante anos um restaurante em Estocolmo chamado Undici (onze, em italiano). O espaço tornou-se famoso mas nem sempre pelas razões certas. Surgiram várias queixas de venda de álcool a menores no espaço e o caso chegou mesmo a tribunal.

Em 2008, o Undici perdeu a licença para vender bebidas alcoólicas. Recentemente, Brolin acabou por ceder o espaço, que perdeu progressivamente a sua reputação.

O antigo craque sueco vai desenvolvendo projetos longe do futebol. De um futebol que nunca se esqueceu dele. O bom adepto recorda com saudades anúncios como este.