A Sociedade Portuguesa de Arte Terapia quer fazer com que o tratamento seja acessível a nível nacional e através de um programa de preços reduzidos que vai ser apresentado sábado, em Lisboa, no VII Congresso Nacional de Arte Terapia, noticia a Lusa.

Através do Programa de Intervenção Psicossocial (PIPS), a Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia (SPAT), que trabalha com a Arte-Terapia desde 1996, pretende divulgar a terapêutica como um novo caminho para tratar problemas do foro psicológico, recorrendo à criação artística em substituição da verbalização da terapia convencional.

Com a criação deste programa, cujos preços são calculados com base no rendimento familiar e podem variar entre um pagamento simbólico e os 40 euros, a SPAT quer intervir junto de comunidades carenciadas, que de outra forma não teriam acesso à terapia.

No entanto, o PIPS está aberto a qualquer pessoa, porque tem como objectivo divulgar o que é a arte-terapia, como valência terapêutica e psicoterapêutica, alargando o funcionamento da Sociedade e o seu trabalho ao exterior.

O psicólogo e arte-terapeuta, João Bucho, explicou à agência Lusa que muitas das pessoas que se dirigem à SPAT estão «aborrecidas» com a terapia convencional, fartos de falar ou têm medo de verbalizar. As pessoas procuram ajuda a nível do desenvolvimento pessoal e conhecimento próprio e não são necessariamente doentes ou loucos.

Hoje em dia, explicou João Bucho, a sociedade ensina-nos a bloquear, «a virar para dentro e encontram-se muitas pessoas com graus de grande inferioridade, fraca auto-estima e acentuado sentimento de desvalorização».