A FIGURA: Seferovic

Mais um capítulo na melhor época da carreira do suíço. Inaugurou o marcador aos 11 minutos com uma cabeçada à entrada da pequena área e assistiu João Félix com uma assistência primorosa para o segundo das águias. A marcar ou a assistir, foi sempre um alerta vermelho bem aceso e apontado à baliza leonina.  Aos 22 minutos apareceu solto na meia-esquerda e falhou por pouco um passe letal para a finalização de Rafa e pouco depois dispôs de uma boa ocasião para bater Renan pela segunda vez no jogo. Atirou ao poste aos 76 minutos.

O MOMENTO: a estocada final de Rúben Dias, MINUTO 47

O golo de Bruno Fernandes nos minutos finais da primeira parte reacendeu a crença leonina. Praticamente no arranque do segundo tempo, o central atirou para o terceiro do Benfica, que arrasou animicamente a equipa de Marcel Keizer.

OUTROS DESTAQUES

João Félix: uma vénia bem curvada para o miúdo de 19 anos que está apenas na primeira época ao mais alto nível e insiste em ser protagonista jogo após jogo e independentemente do tamanho do palco. Tem aquela «loucura» inerente aos craques: são alheios à hostilidade do mais difícil dos cenários. Marcou na primeira volta e voltou a picar o ponto neste domingo. Fê-lo aos 36 minutos, pouco depois de introduzir a bola na baliza dos leões pela primeira vez. Protagonizou lances individuais de génio, sofreu o penálti que Pizzi tranformou no 4-1 e teve no pé esquerdo o quinto golo do Benfica no último ato em campo.

Pizzi: depois de muito tempo no papel de oito, parece ainda mais influente a partir da direita do meio-campo. Assinou um golo de penálti, uma assistência e um leque enorme de ações preponderantes no último terço.

Gabriel: muito pressionado quando baixava para dar início ao processo de construção, acumulou alguns erros nos minutos iniciais. Ainda que não tenha eliminado as perdas de bolas, estabilizou à medida que a equipa encarnada cresceu no jogo. Lançou Grimaldo com uma abertura fantástica no lance do primeiro golo dos encarnados e o segundo também passou pelos pés dele, que recuperou uma bola no meio-campo contrário. Foi também muito importante no trabalho defensivo e a cortar linhas de passe.

Rúben Dias: assinou, talvez a par da receção ao FC Porto na primeira volta do campeonato, a melhor exibição da época. Soberano nos duelos, teve mais trabalho na segunda parte, após a entrada de Diaby. Controlou bem o veloz avançado costa-marfinense, ora nas vezes em que escapava pelas costas de André Almeida ora nas alt

Grimaldo: minutos antes de assistir Seferovic para o primeiro golo do jogo, o espanhol já tinha forjado a primeira jogada de desequilíbrio da equipa de Bruno Lage. Apresentou a disponibilidade do costume nas missões ofensivas, mas foi pouco reativo a recuperar após a recuperação de Wendel que redundou no primeiro golo do Sporting.