Chegou a ser uma das claques mais míticas do futebol português. Actualmente está auto-suspensa mas nem por isso deixa de apoiar o Salgueiros. Está nos jogos dos infantis, dos juvenis, dos juniores e nos jogos de polo aquático. «Somos quase sempre a única claque presente», diz Paulo Almeida, um dos membros da Alma Salgueirista.
A auto-suspensão aconteceu quando a equipa terminou com o futebol sénior. Através de um comunicado tornaram a decisão oficial, mas anunciaram que continuariam a apoiar o clube. «A motivação é a de sempre, é a camisola do Salgueiros que anda no campo, por isso é a mesma alegria quando ganhámos e a mesma tristeza quando perdemos».
O que os move, lá está, é o amor ao Salgueiros. «Só com muita paixão é que alguém se levanta às nove horas da manhã para ir ver os jogos dos infantis», conta. «Mas nós vamos. Juntamo-nos e vamos. Levamos a tarja da Alma Salgueirista, entoámos os nossos cânticos com paixão e apoiámos a equipa que estiver em campo, seja qual for».
Actualmente, conta Paulo Almeida, são «apenas cinco ou seis elementos» que vão aos jogos. «Só quando chega a fase final do polo aquático é que vai mais gente. As pessoas andam um pouco tristes por causa de todos estes problemas com o clube, mas quando o Salgueiros chega à fase final, e começa a lutar pelo título, aparecem e apoiam».
Ao todo, nesta altura, serão cerca de trinta. «Somos um grupo de amigos que apoia o Salgueiros». Longe vão os tempos da primeira divisão. «Houve épocas em que tivemos 250 membros. Quando estávamos na II Divisão B, com uma equipa de juniores, éramos 50. Mesmo sabendo que iríamos levar goleadas em todos os jogos, aparecíamos 50».
Para já, a Alma Salgueirista não tem planos. «Vamos continuar como estamos. A claque vai continuar auto-suspensa e nós vamos continuar a apoiar as equipas do Salgueiros». Os infantis em Leça do Balio, os juvenis em Campanhã, os juniores em Lever e o polo aquático na piscina de Campanhã. «A nossa vida sempre foi o Salgueiros», termina.