Têm anos e anos de história, chegaram ao topo, arrastaram muitos adeptos, alguns andaram pela Europa. Todos desapareceram nos últimos anos. Uns acabaram em definitivo, outros tiveram de começar tudo de novo. Farense, Felgueiras, Campomaiorense, Marco, Salgueiros, Ac. Viseu, Ovarense, Alverca. Lembra-se? O Maisfutebol publica uma série de reportagens sobre esses clubes que ficaram para trás. Aqui, a história e as estórias do declínio do Alverca.
No final do Verão de 2005, após Assembleia Geral da SAD, o Futebol Clube de Alverca suspendeu as actividades desportivas da equipa sénior, ao não ter conseguido reunir as verbas necessárias para pagar as dívidas e inscrever a equipa na Liga de Honra. Depois de em 2003/2004 ter sido despromovido para o segundo escalão do futebol português e de na época seguinte quase ter ido parar à (então) II Divisão B, o Alverca, tal como o conhecíamos, acabou.
O clube onde Deco, Ricardo Carvalho ou Mantorras deram os primeiros passos no futebol português e que teve treinadores como Jesualdo Ferreira ou Vítor Manuel, que apostou na formação e tinha protocolos com Benfica e Sporting; tornou-se passado. A realidade passou a ser outra.
O então treinador do clube ribatejano, José Lima, falou ao Maisfutebol da consternação que a extinção do futebol profissional provocou no Ribatejo: «Apesar de saber que as coisas não estavam bem, nunca pensei que se chegasse a esta situação, até porque os objectivos desportivos da época passada foram alcançados».
Deco, Maniche, Ricardo Carvalho, Mantorras, Hugo Leal, Bruno Aguiar, Caju, Nuno Assis, Ovchinnikov, Pedro Martins, Peixe, Ricardo Esteves e Veríssimo foram alguns dos nomes mais sonantes que vestiram a camisola do Alverca nos tempos da I Divisão Nacional. Agora, três anos depois da queda, o Alverca volta a ter uma equipa sénior, mas a disputar a última divisão do campeonato distrital da Associação de Futebol de Lisboa.