O Beira-Mar apresentou, esta segunda-feira, uma queixa no Ministério Público pelo desaparecimento de documentação privilegiada relacionada com a vida do emblema aveirense. 
 
Segundo a direção do clube, terão desaparecido de um gabinete do Estádio Municipal de Aveiro «pastas e arquivos contabilísticos, bem como dos acessos ao software de contabilidade do clube», que impedem o fecho do Relatório e Contas relativos à temporada 2013/2014 e colocam em causa a conclusão da auditoria financeira em curso.
 
O Beira-Mar viu-lhe ser decretada insolvência no início deste ano, depois de os credores terem rejeitado o Processo Especial de Revitalização, sendo que, já no decorrer deste mês de março, a assembleia de credores, que reclama três milhões de euros em dúvida, decidiu atribuir à administração da massa insolvente à direção do clube.
 
Entre os lesados estão a Câmara Municipal de Aveiro, que reclama o pagamento de uma dívida de cerca de um milhão de euros, a Fazenda Nacional, com 260 mil euros, e a Federação Portuguesa de Futebol com 182 mil euros.
 
Juntam-se a estes organismos os antigos dirigentes do clube Caetano Alves, José Cachide, Carlos Nuno Pereira, Mano Nunes e Manuel Simões Madaíl, cujo valor devido ascende aos 750 mil euros resultantes de empréstimos concedidos ao clube.