O Barcelona escolheu a pior das noites para ser uma equipa vulgar.

O atraso imprudente de Jordi Alba no primeiro golo, os maus passes de Rakitic no segundo e no terceiro golos, a liberdade para Wijnaldum cabecear à vontade para o bis (o holandês foi o único jogador na linha de pequena área a saltar) e sobretudo, claro, a desatenção ridícula e infantil no golo da reviravolta: foi tudo mau de mais para o Barça.

A formação espanhola ignorou que Anfield não é só um estádio: é um santuário, onde quem já lá esteve garante que o barulho é ensurdecedor como em nenhum outro lado. Por isso o Liverpool não é só uma equipa, é uma lenda da história do futebol.

O Barcelona, lá está, ignorou isso tudo, cometeu um rol de erros de principiante, colocou-se por isso a jeito e acabou goleado, no adeus inesperado e doloroso à final da Champions.

Nada mais justo. Quem falha como esta equipa falhou não merece a glória.

PS: Já agora, o Liverpool. Depois de nos quartos de final da Champions da época passada ter vencido em casa o Manchester City por 3-0, este ano fez ainda melhor: goleou o Barcelona por 4-0. Anfield viveu duas noites mágicas, a equipa superiorizou-se a dois adversários temíveis e garantiu duas finais da Liga dos Campeões consecutivas. Aos poucos, ano após ano, o Liverpool vai recuperando um espaço que já foi dele: um espaço no pódio do futebol mundial. Com mérito próprio e muita classe.