O vídeo é claro: alguns adeptos insultam jogadores do Barcelona à saída do estádio, depois de o empate em casa na última jornada ter permitido ao Atlético de Madrid festejar o título. Cuenca responde com o dedo do meio.

Isto está longe de ser o que costumamos associar ao nome Barcelona. Mas é uma boa síntese do que foi o clube esta época.

Maus resultados, mau futebol, insucesso desportivo, grandes jogadores ausentes, um treinador que pareceu sempre viver em outro lado, polémicas, dúvidas, casos judiciais e fiscais e a promessa de uma revolução, vulgo limpeza de balneário, para 2014/15. 

O Barcelona foi o mais espantoso projeto da última década. Colecionou êxitos, inventou uma forma de jogar que influenciou a seleção espanhola e chegou a parecer que iria durar para sempre. Não durou e isso começou a perceber-se quando Guardiola, cansado, resolver abandonar o barco.

Esta época, mais do que um clube o Barcelona pareceu uma torre que muitos tentaram conquistar, para dali ensaiarem jogos de poder. O futebol não sobreviveu à cobiça e alguns dirigentes também ficaram pelo caminho.

De resto, o Barcelona chega ao final da época bem pior do que diz a classificação da Liga espanhola.

Mais do que procurar reformular o plantel, necessita de um treinador que saiba tudo sobre o clube e ajude a responder à mais intrigante das perguntas: o que se passa com Messi?