Jorge Jesus errou, não reconheceu o erro e não pediu desculpa.

Até aqui nada de novo. Já todos conhecemos demasiado bem o treinador do Benfica para esperar alguma humildade ou até sensatez.

O que é curioso é que em pouco mais de uma semana, o treinador do Benfica desentendeu-se com Gerrard, atacou Lito Vidigal e respondeu mal a uma jornalista da Sporttv.

Continua igual a ele próprio, portanto.

O que é um bocadinho mais surpreendente, verdadeiramente, foi aquela newsletter do Benfica em defesa do treinador. Antes de mais porque o que está em causa não é machismo: é boa educação.

Jorge Jesus foi grosseiro, arrogante e indelicado. Obviamente foi-o ainda mais por falar assim com uma mulher, mas não tenho dúvidas que o faria da mesma forma se fosse um homem a colocar a pergunta. Também não acho que tenha sido machismo, mas isso não torna a ofensa menos grave.

O Benfica tentou justificar o injustificável e defender o indefensável, o que para mim só tem uma explicação: a urgência, quase em desespero, de salvar a ideia de que Jorge Jesus está diferente.

Não, não está diferente. Mantém o mesmo feitio que tinha há dez anos e continua a cometer os mesmos erros que cometia quando o Benfica o empurrou para fora do clube.