A pré-época terminou sem que Montero tivesse conseguido o essencial: um golo que evitasse, por exemplo, artigos como este.

O colombiano marcou pela última vez em dezembro, em Barcelos. Nessa noite, aliás, foram dois golos numa vitória importante. Pelo rápido impacto que causou, Montero convenceu Jardim, que o manteve como titular mesmo quando já não era razoável. Depois, o inevitável aconteceu.

Slimani assumiu o lugar na frente e valorizou-se no Mundial 2014. Pelo meio apareceu um japonês, Tanaka, que jogou pouco mas marcou muito. Golos em situações simples, quase sempre, e perante adversários frágeis. Mas golos, aquilo que falta a Montero.

Quem analisa Montero não tem dúvidas: está ali um bom jogador. Mais, um bom avançado. Inteligente, movimenta-se muito bem, trabalha para a equipa. No entanto, quem joga naquela zona precisa de marcar. 

Se, como parece, Marco Silva vai jogar com André Martins muito adiantado e apenas um ponta-de-lança, então Montero é nesta altura a terceira opção. Slimani aparece como a referência (o que as coisas mudam...) e Tanaka como alguém de quem se pode esperar um golo. 

Eu também pertenço ao grupo dos que acham que Montero um dia destes marcará um golo e depois provavelmente mais alguns. O problema é que já acho isso há algum tempo e nada, o que torna legítima a pergunta: é para contar com ele ou mais vale assumir que deve discutir com André Martins a posição atrás do ponta-de-lança e é preciso ir buscar mais alguém?

Ter a resposta certa para esta pergunta pode ser muito relevante na época 2014/15 do Sporting.