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A derrota em Portimão, para além de histórica, mostrou que a retoma tantas vezes evocada por Rui Vitória não viu a Luz.

É certo que, depois de ter estado na porta de saída, o técnico conseguiu embalar para um ciclo de sete triunfos seguidos, mas isso nem permitiu uma aproximação pontual ao primeiro lugar, sendo que agora o Benfica até pode ver-se relegado novamente para o quarto lugar, a sete pontos do FC Porto.

A firmeza do líder rumo a um ciclo histórico de 16 triunfos seguidos (em todas as provas) não ajudou a afastar o pessimismo dos adeptos benfiquistas, mas as exibições da própria equipa também não, até porque quatro dos sete triunfos consecutivos foram pela margem mínima, incluindo a visita a Montalegre para a Taça de Portugal.

Um mês depois do «voto de confiança» de Luís Filipe Vieira a Rui Vitória, ninguém arrisca dizer que o Benfica melhorou. Nem na tabela classificativa nem no padrão exibicional, ainda que o resgate de Zivkovic, por exemplo, tenha ajudado a esconder alguns problemas crónicos.

A derrota em Portimão – e mesmo o empate na Vila das Aves, para a Taça da Liga – revela(m) a verdadeira face deste Benfica. Fica claro agora que a goleada ao Sp. Braga foi a exceção, não a regra, e qualquer análise realista a esse jogo terá concluído que as ilações positivas não foram tantas quanto o resultado podia indicar.

Rui Vitória teve de contrariar esta ideia de estagnação logo nos primeiros meses ao serviço do Benfica, mas tinha então os adeptos do seu lado. E isso conta muito, sobretudo para um presidente que tem de decidir entre esperar que a luz ilumine o caminho ou seguir outro trilho.