O presidente do Boavista acredita que o clube não vai descer de divisão, como consequência do caso «Apito Final», mas garante que se isso acontecer as portas do Bessa vão continuar abertas.
«Não será a morte do clube. E não será a morte, porque o Boavista é credível e a cidade está com o Boavista. Ninguém entende estes processos e há muitos a querer ajudar. Há muita gente que entende este processo como uma guerra Norte-Sul ou, se quiser, como uma guerra Benfica-FC Porto, na qual o Boavista foi apanhado no meio», disse Álvaro Braga Júnior, em entrevista à Agência Lusa.
O dirigente lembrou que uma descida ao segundo escalão «obriga a inventar mais soluções», pois as receitas caem de cinco milhões para um. Álvaro Braga Júnior acredita que «regressou a credibilidade do Boavista» e espera, com isso, amealhar alguns apoios importantes. «Espero ter o talento de convencer alguns desses parceiros e alguns investidores. Queremos começar de forma tranquila e começar a colocar a vida em dia e a casa num caminho sereno», disse o presidente axadrezado.
Em todo o caso Álvaro Braga Júnior mantém a convicção de que o Boavista vai continuar no principal escalão, seja «pela mais elementar justiça, pelos pontos conquistados ou pela razão que temos do nosso lado». «É a primeira de muitas batalhas que ainda vamos travar, até ganharmos a guerra que alguns nos quiseram mover e que não faz sentido nenhum. Não há motivos para penalizar o Boavista e creio que a Comissão Disciplinar da Liga e o grupo dos cinco amigos do Conselho de Justiça não levaram em linha de conta o passado e dignidade do Boavista. Tivemos um simulacro de justiça. A aceitação da providência cautelar veio colocar as coisas no devido lugar», acrescentou o dirigente.
Garantia de equipa competitiva
Apesar de a equipa de futebol do Boavista se ter apresentado com apenas 16 jogadores, o presidente acredita que, «com mais ou menos dificuldade, será construída uma equipa competitiva». «Se calhar até com algumas surpresas. Há jogadores com quem tenho conversado que estão absolutamente disponíveis para vir para o Boavista. Fico contente, já que há quem tenha memória e saiba o passado que tem o clube», explicou.
Álvaro Braga Júnior não revelou qual o orçamento, limitando-se a dizer que é «de rigor», mas adiantou que o objectivo é «fazer um campeonato sereno e tranquilo».